terça-feira, 22 de dezembro de 2009

O voo do melhor do mundo

Pitter Ellwanger

Ele voou como um super-homem, e com peito de aço estufou as redes de um Estudiantes combalido, mas bravamente de pé. Lionel Messi, eleito o melhor do mundo em 2009, caiu nas graças da torcida do Barça e em desgraça na sua Argentina querida.
O Mundial de Clubes conquistado pelo Barcelona consagrou o argentino que talvez chegue mais perto do posto de sucessor de Maradona. No jogo de sábado, ele esteve aquém da sua genialidade, assim como todo o time do Barça, que quase repetiu a melancólica atuação de três anos atrás. Mas um grande time e seus craques precisam de apenas um lance, um instante para brilhar.
E a estrela do Barcelona brilhou quase no último minuto de jogo, levando a decisão para a prorrogação. Naquela hora, até um guerreiro como Veron, que talvez merecesse igualar o feito do pai, campeão da América e do Mundo pelo mesmo Estudiantes na década de 60, sabia que o destino doloroso estava traçado.
Coube a um argentino, como ele, acabar com o sonho e protagonizar, na minha opinião, uma das mais belas imagens do futebol em 2009. É uma pena que Ronaldinho Gaúcho não tenha conseguido fazer o mesmo em 2006. Realmente, é uma pena!

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

No fim, Flamengo mereceu

Pitter Ellwanger

O Brasileirão 2009 poder ter sido o campeonato mais equilibrado da história. Mas também poderia ter sido o mais fácil, com um campeão já conhecido a três ou quatro rodadas do fim. Nenhum time emplacou como poderia. Faltou regularidade.
O campeão Flamengo, por exemplo, na virada do returno era apenas o 10º colocado. É claro que a arrancada a partir da 21ª rodada fez o time de Andrade estabelecer uma sequência positiva. A questão, porém, é que neste período pelo menos outros três clubes tiveram chance de disparar, o que não aconteceu. O maior exemplo é o Palmeiras, que liderou por 19 rodadas e na última acabou ficando fora até da Libertadores.
O próprio Inter, campeão do 1º turno, enfrentou um momento de instabilidade, perdendo pontos importantes dentro do Beira Rio. Depender do Grêmio foi um detalhe. A verdade é que assim como Palmeiras e São Paulo, que era líder na reta final, os colorados perderam o campeonato para si mesmo.
Entre altos e baixos dos que estavam na ponta de cima da tabela, o Flamengo acabou merecendo ser campeão. Foi o melhor time do 2º turno ao lado do Cruzeiro, alcançando 40 pontos (70,2% de aproveitamento), enquanto que o Inter ficou em 5º lugar na metade final do campeonato (28 pontos ou 49%). A rigor, foram dois campeonatos a parte, e na média deu Flamengo.
Apesar disso, os colorados não têm do que reclamar.
Eles terão a Libertadores pela frente e, mesmo sem título, isso por si só já representa uma importante conquista.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Futebol é engraçado...

Pitter Ellwanger










Essa história do Inter depender do Grêmio para ser campeão não passa de ironia do destino, é apenas mais um detalhe na reta final deste Brasileirão maluco - apesar do barulho que vem causando.


A verdade é uma só:

O Inter nunca dependeu de ninguém para ser campeão brasileiro. Se não ganhar o título no próximo domingo, a culpa é sua. O Grêmio não tem nada com isso. Aliás, o Grêmio não tem mais nada a fazer neste campeonato, portanto, é plenamente justificável a escalação de um time reserva contra o Flamengo. O Inter provavelmente não será campeão porque deixou escapar pontos importantes dentro do Beira Rio, quando perdeu por 2 a 1 para o Corinthians, quando levou 1 a 0 do Botafogo e quando empatou em 1 a 1 com o Atlético-PR, por exemplo.
Os dirigentes colorados estão fazendo a sua parte, pressionando por todos os lados e até cogitando uma “possível punição” caso o Grêmio não entre com força máxima no próximo domingo. Isso, convenhamos, é uma baita piada, que só se justifica na eterna rivalidade Gre-Nal. Fernando Carvalho é um brincalhão! A soberania de um clube como o Grêmio é inquestionável. Ninguém tem poder para interferir na decisão de quem joga ou não.
O Inter, na verdade, só está esperneando, como lhe convém. Assim como foi conveniente no ano passado usar time misto contra o São Paulo, então adversário direto do Grêmio na briga pelo título. A derrota dos colorados por 3 a 0 prejudicou o Grêmio, porém, como eu já disse, ninguém pode interferir na soberania de um clube. E sob o “pretexto” da tal Copa Sul-Americana, o Inter abriu as pernas para o São Paulo, exercendo seu direito de escalar quem bem entendesse.
Assim como não quero ver o Inter campeão, também sou contra “entregar” o jogo. Só acho que o Grêmio deve mesmo jogar com reservas justamente para não facilitar a vida do Inter. Além do que, com os titulares, durante todo o campeonato o Grêmio só ganhou um jogo fora de casa, e uma derrota no domingo, no Maracanã, está perfeitamente dentro da normalidade.


Para concluir...
Essa situação, digamos, “constrangedora”, expõe uma das feridas da fórmula de pontos corridos, que confronta na última rodada equipes com interesses distintos, mas com inteferência direta na vida dos adversários. E para os colorados que andam bufando com a possibilidade do Grêmio “entregar”, fica a questão:

O Inter não faria o mesmo se a situação fosse inversa?
Creio que essa eu não preciso nem responder...

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Fracasso anunciado

Pitter Ellwanger

Só pode ser piada! E de mau gosto!
Vai ver que é só mais uma pegadinha do nosso presidente e do nosso vice de futebol, os “Trapalhões da Azenha”.
Depois de não acertar com Adílson - único com a cara do Grêmio - e insistir em Dorival Jr. - ainda bem que não vem -, a direção do Grêmio extrapola os limites da lucidez ao especular “Nelsinho Batista”. Alguém me acorda, por favor: deve ser um pesadelo!!!
Pior: na lista encabeçada por Nelsinho, ainda constam Vadão, Silas e Ney Franco. Essa direção está de brincadeira. São uns fanfarrões! Duda Kroeff e Luiz Onofre Meira estão escrevendo a crônica de um fracasso anunciado para 2010. Será que não tem ninguém dentro do clube capaz de interferir nesta lambança?

Essa direção não acertou uma até agora.
É uma patacoada atrás da outra. Primeiro, insistiu demais com Celso Roth. Depois, esperou 40 dias por Paulo Autuori. Apesar de não ter se mostrado a melhor escolha, a expectativa de um trabalho a longo prazo parecia boa. Mas ele só ficou seis meses.
Agora, eles estão atirando para todos os lados, com grande chance de acertar o próprio pé mais uma vez.

A torcida está desesperada!!!
Por que não dar uma chance a Marcelo Rospide? Ele tem alguma desavença com a direção? Ou não querem dar o braço a torcer? Eu sei que os dirigentes não podem se levar (só) pela emoção, mas custa ao menos uma vez ouvir o clamor da torcida?
Efetivem Rospide e invistam pesado em jogadores que os gremistas se encarregam de fazer sua parte. Como sempre!

No colo do São Paulo

Pitter Ellwanger

É inacreditável!
O título do Brasileirão está caindo no colo do São Paulo pelo segundo ano consecutivo. O Grêmio de Celso Roth - freguês convicto do Inter - entregou a rapadura em 2008.
Agora, depois do Palmeiras, o Flamengo perdeu a chance de abrir vantagem e, pelo que tudo indica, “os bambi” vão ser tetra.

O Brasileirão 2009 é uma piada!
Não é menosprezo nem dor de cotovelo, mas esse papinho de “equilíbrio” não cola. A verdade é que faltou um grande time para manter a regularidade e disparar. Todos que estão na ponta fracassaram em algum momento, tanto que quatro equipes seguem na briga pelo título faltando apenas duas rodadas.
O Inter, por exemplo, está a três pontos do líder e, por incrível que pareça, ainda tem grandes chances de ser campeão. A tabela favorece - e muito - os colorados: Sport (rebaixado) fora e Santo André (quase rebaixado) em casa; enquanto que o São Paulo tem pelo menos um jogo duríssimo pela frente contra o Goiás, dos “colorados” Iarley e Fernandão, no Serra Dourada.
O Flamengo igualmente terá confrontos complicados pela frente: Corinthians fora e Grêmio em casa. Já para o Palmeiras, que pega Atlético-MG e Botafogo, o pior adversário ainda é o próprio time.
Neste Brasileirão “meia-boca”, segue definido que nada está definido. Até o Fluminense - que levou uma chinelada de 5 a 1 da LDU na final da Copa Sul-Americana - está ressuscitando e pode acabar escapando da degola. Portanto, cravar quem vai ser o campeão é meio arriscado, mas eu ainda aposto no São Paulo. Não que seja meu preferido, mas tudo menos o Inter...

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Um Gre-Nal sem sal

Pitter Ellwanger

Foi um Gre-Nal fraco tecnicamente, que só poderia ser decidido num lance muito improvável, como foi a falha do grande goleiro Victor - sem dúvida o melhor em atividade no país e que tem crédito de sobra. Portanto, a derrota gremista não passa por ele, apesar do placar determinante. O mais justo ontem seria um zero a zero, tamanha a falta de ambição das duas equipes.
Mas... todo mundo sabe que em Gre-Nal o que importa são os três pontos; o resto, é choro de perdedor!!!
Não pretendo me debulhar em lágrimas, até porque é mais racional não passar o ano fugindo da realidade. Na análise fria dos números, o fato é que o Grêmio termina a temporada de forma melancólica, vítima de erros repetitivos, enquanto o Inter ainda sonha salvar o centenário com o título do Brasileirão. A disputa segue aberta, com pelo menos cinco candidatos, e a julgar pela inconstância das equipes, tudo pode acontecer.
Ainda sobre o Gre-Nal, não concordo com a maioria dos comentaristas esportivos, que viram uma “grande vitória tática” de Mário Sérgio sobre Paulo Autuori. Os dois técnicos armaram seus times para não perder e o que se viu em campo foi um dos clássicos mais insossos dos últimos anos. Não fosse o lance de sorte de D’Alessandro - e azar de Victor - o empate premiaria com maior justiça a mediocridade das duas equipes.

Fracasso Tricolor
Ao Grêmio, resta lamber as feridas e planejar 2010. Afinal, foi por falta de planejamento que o Tricolor apenas “sonhou” em 2009. O problema é que a direção para o ano que vem continua sendo a mesma, e aí a esperança já começa a ir por terra...

Esperança Colorada
Ao Inter, o sonho do tetra ainda brilha no horizonte, mais vivo do que nunca. A vitória no clássico dá moral e pode ser a chance definitiva para o time engrenar. O problema é que o Inter segue vacilante, com futebol aquém do plantel que dispõe, e terá nas rodadas finais dois confrontos diretos longe do Beira Rio - São Paulo na quarta-feira e Atlético-MG dia 21 de novembro.

E agora?
O curioso de tudo isso, é que os colorados podem depender de uma “força” dos gremistas, que enfrentam São Paulo e Palmeiras no Olímpico. Só que depender deste time do Grêmio não é um bom negócio, que o diga a própria torcida tricolor...

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Procura-se um Campeão!

Pitter Ellwanger

Bem que a CBF poderia fazer um anúncio do tipo “Procura-se um Campeão”, pois está cada vez mais complicado arriscar quem leva o Campeonato Brasileiro de 2009. Parece que os clubes estão disputando uma espécie de competição ao contrário, para ver quem “não vai ser campeão”. Só pode ser isso!
As duas últimas rodadas derrubam qualquer analista. Até os matemáticos estão caindo em descrédito com essas projeções de que “time A tem 75% de chance de ser campeão” e “time B tem 2% de chance de ir à Libertadores”. Do jeito que a coisa anda, é provável que na rodada seguinte as projeções se invertam...

Vejam o exemplo do Palmeiras:
Depois de vencer Cruzeiro e Santos fora de casa, o time de Muricy Ramalho teve a chance de abrir 8 pontos sobre o segundo colocado. O título estava encaminhado.
No entanto, as derrotas para Náutico (na zona do rebaixamento) e Flamengo (a surpresa do segundo turno ao lado do Cruzeiro) já ameaçam a tranquilidade palmeirense.
A situação só não ficou pior porque Inter e São Paulo também fracassam. A surpresa é o vice-líder Atlético-MG de Celso Roth.

Outro exemplo é o Inter:
De melhor do primeiro turno passou a um dos piores do segundo.
Pode parecer difícil entender tanta contradição num campeonato só, mas a explicação é simples: na falta de um grande time, deve ganhar o menos pior. Não temos “o melhor e mais disputado” campeonato do mundo; o equilíbrio do Brasileirão está na mediocridade. Basta observar as atuações de quem está na ponta.

Agora tudo é Gre-Nal!
E alguém é louco de arriscar um palpite no clássico?
Se pegar pelo desempenho da dupla Gre-Nal nas últimas rodadas, eu aposto em um empate tipo 3 a 3, 4 a 4... Afinal, Grêmio (55) e Inter (53) tem os melhores ataques do Brasileirão 2009 e suas defesas andam fazendo água jogo após jogo.
E empate (ou derrota) quer dizer “adeus do título” para o Inter e enterra de vez a ilusão do Grêmio na Libertadores.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

As apostas do Brasileirão

Pitter Ellwanger

É arriscado fazer previsões no futebol, ainda mais em uma competição de altos e baixos como o Brasileirão 2009. No entanto, algumas tendências parecem se impor como definitivas, apesar de faltarem 11 rodadas para o fim do campeonato.

Na briga pelo título...
O Palmeiras é franco-favorito e, na minha opinião, não perde mais. O São Paulo vem mostrando regularidade e é o único que ainda pode surpreender, mas eu aposto no Verdão

Quem fica no G4?
Considerando que Palmeiras e São Paulo não deixam mais o G4, restam duas vagas para a Libertadores. Talvez este seja o palpite mais difícil de arriscar, tamanha a instabilidade de quem está na briga por essas vagas. O Goiás deve sobrar e o Inter ainda é um dos favoritos para a terceira vaga. O Atlético-MG tem chance de ser o grande azarão da temporada e entrar na pré-Libertadores. Flamengo e Grêmio correm por fora. Aposta complicada...

Na degola tá mais fácil
Fluminense, Sport e Náutico não escapam do rebaixamento. A última vaga “inglória” fica entre Botafogo e Santo André.



Sobre a dupla Gre-Nal

Grêmio e Inter correm o risco de morrerem abraçados, ficando com o consolo da vaga na Sul-Americana.
No Beira Rio, apesar da saída do G4 na última rodada, as chances de ficar com a vaga na Libertadores ainda são muito grandes, principalmente pela tabela descomplicada das próximas rodadas. A chegada de Mário Sérgio pode servir para melhorar a auto-estima do grupo, que estava afundando com Tite. Aliás, talvez o problema nem seja o treinador, mas quem manda de verdade.
A impressão é de que o Inter virou um “balcão de negócios”, com interferência direta na escalação do time. Pode ser que Fernando Carvalho esteja começando a fazer mal para o clube, mas como contrariar um presidente campeão do mundo?
No Olimpíco, o Grêmio esbarra nas próprias limitações - e contradições. De time que não fazia gols, passou a melhor ataque do campeonato. E a defesa, que antes era um paredão, agora vaza sem parar e sofre com falhas bisonhas, como se viu no empate de domingo. Desse jeito, fica difícil acreditar em Libertadores...

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Quem chega vivo no Gre-Nal?

Pitter Ellwanger

A dupla Gre-Nal está sendo vitimada pela própria incompetência e vê seus principais objetivos no Brasileirão cada vez mais distantes. O Inter, antes franco-favorito ao título, pelo jeito terá de se contentar com a vaga na Libertadores. Já o Grêmio, que até aqui apenas sonhou com o G-4, terá de fazer muito mais do que já fez para ficar entre os quatro primeiros.
O curioso é que, pelo andar da carruagem, Inter e Grêmio podem acabar disputando uma vaga para a Libertadores 2010 entre si. A diferença entre as duas equipes hoje é de 5 pontos - Inter é 4º com 44 e o Grêmio é 6º com 39. Portanto, no próximo dia 25 de outubro tem um Gre-Nal decisivo no Estádio Beira Rio.
O caminho do Inter até o clássico parece mais tranquilo. Os colorados enfrentam na sequência Coritiba (F), Náutico (C), Atlético-PR (C) e Fluminense (F); enquanto que o Grêmio vai encarar Sport (C), Atlético-PR (F), Corinthians (F) e Coritiba (C).
A instabilidade nos dois clubes é tamanha, que fica difícil fazer qualquer projeção. O Inter vem oscilando demais e depois da perda de alguns jogadores ainda não (re)encontrou seu esquema de jogo. O Grêmio, por sua vez, ainda não emplacou uma sequência de vitórias para acreditar na Libertadores.
O melhor, como eu já disse, é não criar expectativa, porque quando menos se espera... aí mesmo é que não acontece nada...

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Tudo é decisão!

Pitter Ellwanger

Num Brasileirão sem um grande time, muitos ainda sonham com a glória máxima. As últimas rodadas aumentaram de três para pelo menos seis o número de postulantes ao título.
Mas é claro que, num campeonato tão volátil, tudo pode mudar novamente na rodada do fim de semana.
Por aqui, Inter e Grêmio vivem momentos opostos.
Os colorados ainda figuram no G-4, mas tentam recuperar a auto-estima depois de duas derrotas consecutivas. Já os gremistas, apesar de fora da zona da Libertadores, ganharam fôlego até para sonhar com o título após mais duas vitórias.
O fato é que todas as 13 rodadas que ainda faltam para o final do Brasileirão serão decisivas.
Eu diria até mais: Inter e Grêmio terão pela frente seus “jogos do ano” no próximo domingo, principalmente o Tricolor.
No Beira Rio, o Inter precisa da vitória para não entrar em crise e afundar de vez num campeonato que parecia ganho. Apesar da sequência depois do Flamengo ser favorável (Coritiba fora, Náutico e Atlético-PR em casa, Fluminense fora), nova derrota em casa pode ter efeito psicológico devastador sobre o grupo.
Para o Grêmio, o próximo jogo é de afirmação. O bom momento conspira a favor, o problema está no adversário e no local da partida: o Goiás no Serra Dourada. Apesar da vitória de 3 a 0 no ano passado, o histórico de confrontos em Goiânia é amplamente favorável aos donos da casa, e quase sempre de goleada.
Para piorar, o Goiás vem de uma grande vitória por 4 a 1 sobre o Corinthians de Ronaldo e Cia em pleno Pacaembu.
É complicado...
Melhor ficar na torcida e não arriscar palpite.
Afinal, ninguém sabe o que pode acontecer até o clássico Gre-Nal do dia 25 de outubro, no Beira Rio.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Uma rodada de vários pontos

Pitter Ellwanger

Até parece loucura, mas Cruzeiro e Vitória podem decidir o Brasileirão 2009. É verdade que eles estão fora da briga pelo título - o Vitória é 12º com 33 pontos e o Cruzeiro é 13º com 32 -, mas a tabela de jogos coloca as duas equipes como protagonistas na definição do campeão brasileiro.
O fato é que a emoção na reta final do campeonato está garantida. As vitórias de Cruzeiro e Vitória no fim de semana brecaram a arrancada de Palmeiras e Inter, deixando o São Paulo cada vez mais vivo na briga pelo inédito tetra consecutivo.
Até quem anda encostado no G-4 ganha esperança de, quem sabe, beliscar o título. O mais provável, no entanto, é que a briga fique mesmo entre os três primeiros, agora com ligeira vantagem para o São Paulo, que pega o fraco Santo André na próxima rodada.
Cruzeiro e Vitória podem fazer a diferença justamente porque serão os adversários de Palmeiras e Inter respectivamente.
E um detalhe importante: os dois times jogam em casa, o que torna ainda mais complicada a missão dos líderes.

Sobre a Dupla
O Inter segue muito vivo na briga pelo título. A maior dificuldade colorada está na própria instabilidade.
Para um time que quer ser campeão, o Inter já perdeu muitos pontos dentro do Beira Rio, o que pode complicar logo adiante.
O jeito é arrancar mais algumas vitórias fora de casa.
O Grêmio, depois de vencer a primeira longe do Olímpico, aliviou a pressão, mas ainda não é uma equipe confiável.
Se ainda pode chegar no G-4?
Não sei. Tudo vai depender do seu desempenho nesta sequência do campeonato. Nas próximas cinco rodadas, três partidas serão fora de casa, contra Goiás, Corinthians e Atlético-PR.

domingo, 6 de setembro de 2009

Vão ter que engolir Dunga

Pitter Ellwanger

Muita gente ainda torce o nariz para Dunga no comando da Seleção Brasileira. Mas a “chinelada” na Argentina de Maradona e a classificação antecipada para a Copa de 2010 vai obrigar muito entendido em futebol a rever seus conceitos. Os resultados estão aí, e contra fatos não há argumentos.
Apesar das últimas vitórias incontestáveis, é até possível debater questões táticas a respeito do time. No entanto, não cabe nenhuma discussão sobre a maior conquista desta “Era Dunga”: a união do grupo. O gaúcho turrão de Ijuí transformou o espírito da seleção, mexeu com o brio dos jogadores. A força da coletividade é o maior trunfo desta seleção que parece estar no caminho certo. O estrelismo e a badalação que vitimaram o “grupo” de 2006 só vale da porta do vestiário para fora. Os jogadores e a comissão técnica parecem imunes e vacinados.
É cedo para acreditar no hexa, mas Dunga surpreende e parece - vejam bem, eu disse “parece” - seguir os passos de outro gaúcho turrão que também enfrentou a muita desconfiança em 2002. E aquela história todo mundo sabe como terminou...

Errou tudo e mais um pouco

Pitter Ellwanger

Depois da grande vitória no Gre-Nal, elogiei Paulo Autuori.
É um técnico inteligente, que simplica o sistema de jogo e não costuma inventar. É claro - e inevitável - que também vá cometer erros. Afinal, faz parte do ofício. Ontem, porém, ele foi na contramão dos seus próprios conceitos sobre futebol e errou tudo o que podia de uma só vez. Descontando alguns fracassos individuais surpreendentes, como Réver, Autuori é, sim, o grande culpado pela quase derrota para o Vitória.
Deixar Tcheco na reserva foi uma “tacada maluca”, com probabilidade de acerto de uma em um milhão. Bem ou mal, o capitão é a referência desse time (médio) do Grêmio. Ou seja: se às vezes é ruim com ele, muito pior fica sem ele. Além disso, Douglas Costa ainda não justificou em campo o que vale nas manchetes dos jornais da Inglaterra. A sua não convocação para o Mundial Sub-20 é mais um indício do seu declínio técnico. Ele até pode ter ido bem nos treinamentos da semana, como destacou Autuori, mas “treino é treino” e “jogo é jogo”. E em todas vezes que jogou este ano, a “jóia gremista” ficou devendo.
A improvisação de Túlio na lateral também não vingou. Era melhor manter Mário Fernandes na posição, que por sinal foi um dos poucos que se salvou ontem. O empate deve ser comemorado pelo Grêmio, que escapou de ser goleado dentro de casa.
Particularmente, penso que é pouco provável chegar no G-4.
A única esperança é que, depois de jogar tão mal no Olímpico, a lógica também se inverta longe daqui e o Grêmio consiga, finalmente, vencer a primeira fora de casa.

sábado, 5 de setembro de 2009

Tática de jogo

Para garantir o futebol do fim de semana na TV!

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

E o drama continua...

Pitter Ellwanger

Até parece piada...
Ou melhor: já virou novela!!! E por enquanto, sem final feliz.
Eu já começo a desconfiar que o Grêmio da “Batalha dos Aflitos” é capaz de conseguir outra proeza neste Brasileirão: passar o campeonato inteiro sem vencer um jogo fora de casa. Ou então, quem sabe no final do ano teremos mais um DVD, agora sobre “A Batalha Longe do Olímpico”.
O mais incrível é que nem com a ajuda da arbitragem o Grêmio conseguiu a primeira vitória fora de casa. Os três pontos de ontem eram importantíssimos para o time seguir na briga pelo G-4. Mas é preciso admitir que o Grêmio também não merecia vencer. Novamente foi um time medíocre, acovardado, que errou muito e levou sufoco do “rebaixável” Botafogo. Não tem explicação!!!


No Beira Rio...

O Inter só provou que segue firme na briga pelo título do Brasileirão. Fernandão acusou o golpe de jogar contra seu ex-clube e deu mais uma alegria para o torcedor colorado.
Aliás, quem estava ansioso para ver a Fernandão e Iarley em ação, descobriu o jovem Marquinhos, garoto de 19 anos recém-saído das categorias de base do Inter. Ele foi o grande destaque na vitória por 4 a 0 sobre o Goiás e surge como ótima alternativa para a sequência do campeonato. Promete dar o que falar...
Se vencer o jogo atrasado contra o Alético-MG, na quarta-feira, o Inter ficará a apenas um ponto do líder Palmeiras. E é bom lembrar que o Galo de Celso Roth não vence há seis rodadas e que o jogo será no Estádio Beira Rio. Como dizem, é “jogo jogado”.


A propósito
Cadê a “máquina” do Grêmio, “Anônimo Maluco”?
Esse teu time é uma piada...

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Nenhum Bolt! Só “Rubinhos”...

Pitter Ellwanger

Falar de futebol? Sem chance!
O fim de semana não trouxe nenhuma novidade.
O Grêmio segue uma “patrola” dentro de casa. O problema é que, quando pega o avião, vira um cordeirinho, uma “mãe brasileira”. Quem sabe o Tcheco e o Souza finalmente viajem junto com a delegação para a partida contra o Botafogo.
Do Inter, também não há muito o que dizer. Tem um grupo forte, mas um time instável e um técnico sem estrela. Não adianta apelar para Copa Sul-Americana, Gauchão ou “Suruba”, que vocês, colorados, sabem muito bem do que estou falando.
Mesmo assim, num Brasileirão até certo ponto medíocre, sem “grandes esquadrões”, os colorados ainda podem ter uma esperança de salvar o ano do centenário em dezembro.

O “azarado” Rubinho

Novidade mesmo, só a vitória do Rubinho no GP de Valencia, a 10ª na carreira e a 100ª de pilotos brasileiros na Fórmula 1. Para quem virou órfão muito cedo de Ayrton Senna, Barrichello sempre foi uma esperança, mas nunca passou disso. Por um tempo, achei que ele só era azarado, mas depois percebi que é preciso mais do que esforço e simpatia para ser campeão. O pior é que agora, na finaleira da carreira, o cara até que tem chance de ser campeão... Mas deve acabar com sempre: em 2º.

Bolt, a “flecha negra”

Sim, porque em 1º, só tem lugar para Usain Bolt. O jamaicano voador é um assombro. Nem parece humano.
A sequência de recordes impressiona e já faz muito cientista do esporte rever seus conceitos sobre os limites do homem. O mais incrível é que ao final de cada prova, antes de cruzar a linha de chegada, ele parece “tirar o pé” para deixar a dúvida: Será que o ser humano chegou no seu limite?
Bolt, aliás, é a síntese do super-homem. E a propósito do herói do cinema, faz muita gente se perguntar:
- O que é aquilo? É um pássaro? É um avião? Não! É Usain Bolt!!!

Voltando ao futebol...
Resumindo: o Brasileirão não tem nenhum “Usain Bolt”, mas está cheio de “Rubinhos”... Façam suas apostas!

“Corneteiro, comedor de amendoim”
“Pitter corneteiro, vai comer amendoim.” Esse é o início do comentário que fizeram na última coluna. Vale a pena ler!!!

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Sem surpresa em dezembro

Pitter Ellwanger

Palmeiras, Internacional e São Paulo são, definitivamente, os três candidatos ao título do Brasileirão 2009.
Esse é o diagnóstico que fica do 1º turno.
O Inter leva uma pequena vantagem por ainda ter dois jogos a disputar em relação aos rivais. Mas esse detalhe não passa de uma vantagem teórica. Na prática, os três clubes mostram equilíbrio entre si e favoritismo em relação aos demais.
Inter e São Paulo têm, visivelmente, grupos superiores ao do Palmeiras, com melhores alternativas de reposição - o que é fundamental numa competição de pontos corridos. No entanto, o Palmeiras equilibra a disputa na casamata. Muricy Ramalho é mais técnico do que Tite e Ricardo Gomes. É verdade que o time ainda sofre os efeitos do trabalho de adaptação ao esquema do novo treinador, mas deve engrenar no 2º turno.
Inter e São Paulo, apesar da recente crise técnica que viveram, continuam provando que o sucesso no futebol depende de planejamento. Não é a toa que os dois clubes dominam a cena do futebol brasileiro desde 2005, com uma sequência de títulos impressionante. E pelo que se viu no 1º turno, são grandes as chances de não haver surpresa em dezembro.

E o Grêmio?
É uma verdadeira incógnita.
O melhor é dar tempo ao tempo e não criar muita expectativa.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Doce ilusão

Pitter Ellwanger

Não cabe mais esperança neste Brasileirão.
O Grêmio é um time médio e sem reforços não vai passar dali, de uma posição intermediária na tabela.
Arrisco dizer que o ano já se perdeu.
Até agora, só valeu a pena pela vitória no Gre-Nal do Centenário. E isso, sinceramente, é muito pouco, para não dizer irrisório.
O Grêmio é um compêndio de equívocos, a começar pela falta de planejamento de uma direção muito pouco ambiciosa. Dizer que o principal reforço será manter o grupo atual é uma piada, a justificativa do fracasso anunciado na temporada.
A campanha no Brasileirão é o retrato fiel do Grêmio de 2009: uma ilusão no Olímpico confrontada com a realidade longe dele. Aliás, o torcedor gremista tem sido vítima de um grande golpe de ilusionismo. Primeiro, acreditou no improvável tri da América, e agora vai viver a esperança de chegar no G-4. Como a esperança é a última que morre, esse martírio deve durar até dezembro.
Mas para não piorar essa segunda-feira que continua com chuva e muito frio, é bom se ocupar de coisas “mais amenas”, na doce ilusão de que dias melhores virão.
E a minha contribuição para trazer um pouco de sol e calor é Rafaela Fernandes, representante do Grêmio no concurso Musa do Brasileirão. Que saudade do verão...

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Um time improvável

Pitter Ellwanger

O Grêmio é o time das situações improváveis.
Nem lembro aqui da Batalha dos Aflitos, que entra na categoria do “épico”, do “inacreditável”, do “imortal”.
A minha referência são aqueles jogos teoricamente normais que viram confrontos atípicos - seja para o bem, seja para o mal. Do tipo: quando tem tudo para dar certo, dá errado; ou quando tem tudo para dar errado, aí é que dá errado mesmo.
A campanha do Grêmio no Brasileirão é cheia improbabilidades. O mesmo time que fez 3 a 0 no Corinthians campeão da Copa do Brasil e derrotou o Inter por 2 a 1 no Gre-Nal do Centenário, perdeu para o fraco Coritiba e o modesto Avaí - mesmo com um jogador a mais em quase todo o segundo tempo - e tem míseros 4,8% de aproveitamento longe do Estádio Olímpico.
O jogo contra o Cruzeiro tinha tudo para entrar neste contexto. Aos 6 minutos do segundo tempo o Grêmio ficava com dois jogadores a mais em campo e perdia por 1 a 0.
Felizmente, a equipe cumpriu sua obrigação e goleou.
Mas - e tem sempre um “mas” - o time apresentou o velho problema desta temporada: desperdício de gols. Antes de marcar quatro, o Tricolor perdeu pelo menos meia dúzia.

E isso não é tudo...
Na quinta outro fantasma volta a atormentar o Grêmio de 2009: jogo fora de casa. Pelo retrospecto recente, eu diria que são favas contadas. Ainda mais que o adversário é o líder Palmeiras.
Mas... - já disse, sempre tem um “mas” - é bom não esquecer que o Grêmio é o time das situações improváveis...

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Assim não dá mais!

Pitter Ellwanger

Cansei.
Não vale a pena mais nenhum comentário a respeito do time do Grêmio - pelo menos quando o jogo é fora de casa.
A derrota para o São Paulo mostrou que infelizmente a torcida tricolor não pode esperar muita coisa no Brasileirão além de uma posição intermediária na tabela.
Perder para o São Paulo no Morumbi não chega a ser um fiasco; é até normal. O que não dá para admitir é um time que perdeu seis dos sete jogos longe do Olímpico. Isso sim é fiasco para um clube do porte do Grêmio, que tem a obrigação de pelo menos lutar por uma vaga na Libertadores. No entanto, nesse embalo fora de casa, é melhor tirar o cavalo da chuva.

Enquanto isso...
O Inter, apesar da crise, segue bem colocado, com boas chances de brigar pelo título. Tudo vai depender do chamado “trabalho de vestiário”. É hora da direção entrar (de sola) em cena, como bem faz - e já fez - Fernando Carvalho. No jogo contra o Barueri, o time repetiu erros, mas já mostrou outra cara.
Aliás, é isso que falta no Grêmio.
A direção tricolor parece omissa. Falta pulso firme!

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Semana de decisão

Pitter Ellwanger

O Brasileirão 2009 ainda está longe do fim, mas a dupla Gre-Nal vive uma semana de decisões particulares. Tanto Grêmio quanto Internacional enfrentam situações que podem ser determinantes para seu futuro - bem próximo - dentro da competição.

O Inter corre contra o tempo para estancar uma crise que parece não ter fim. Aliás, a saída de Nilmar é um indicativo de que o que está ruim, ainda pode piorar.
O badalado esquema tático de toques rápidos e muitos gols virou um amontoado de erros e fracassos individuais. É claro que no futebol ninguém é imbatível, mas a queda vertiginosa do desempenho colorado ainda é um grande mistério.
O fato é que o Inter precisa desesperadamente da vitória contra o Barueri na quarta-feira. Um simples empate será motivo para mais “terra arrasada”. A recepção “calorosa” na volta da delegação do Rio de Janeiro indica que a paciência do torcedor já foi pro espaço faz muito tempo.
E assim como o Grêmio demorou para achar um treinador para o lugar de Celso Roth, o Inter no momento também não teria opções à altura da sua exigência para substituir Tite.
Lembrem-se: Muricy já está empregado!!!
Portanto, só a vitória interessa contra o perigoso Barueri.

Com o Grêmio, a situação não é diferente: só a vitória interessa. Eu sei que as circunstâncias são outras. Paulo Autuori não está com o cargo ameaçado. O que anda sob sérias ameaças é a ambição tricolor no campeonato.
O Grêmio, de apenas 5,5% de aproveitamento nos jogos longe do Olímpico, terá sua primeira decisão nesta quinta-feira, contra o tricampeão São Paulo, no Morumbi. A sexta derrota em sete jogos fora de casa seria a conclusão de que o time não pode almejar nada além de uma Sul-Americana.
A exigência do adversário será maior do que foi contra Coritiba e Avaí, que integram o bloco dos que apenas lutam para se manter na primeira divisão. Por isso, a postura do Grêmio também terá de ser muito diferente do que foi até aqui.
Um empate com bom futebol até que não seria mal resultado, não fosse a sequência espinhosa que o Grêmio terá pela frente depois do São Paulo: Cruzeiro (C), Palmeiras (F), Barueri (F) e Flamengo (C). Ou seja: se quer algo além do 8º lugar de hoje, o Grêmio também precisa desesperadamente da vitória na quinta-feira.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Vai entender o futebol...

Pitter Ellwanger

Tudo bem, nem sempre o futebol obedece a lógica...
Mas assim já é demais!
A atuação do Grêmio em Florianópolis não tem explicação.
Quem viu o jogo de ontem tem a impressão de que a goleada sobre o Corinthians foi um acidente (grave) de percurso e que a vitória no Gre-Nal não passou de golpe de sorte. Foi ridículo, enfadonho, sofrível, constrangedor... Quase faltam adjetivos para desqualificar a postura do time contra o Avaí.
Por sorte - ou incompetência do juiz, que era muito fraco - ontem não teve expulsão. Mas o Grêmio voltou a mostrar instabilidade emocional num jogo longe do Olímpico. Sem falar no naufrágio técnico coletivo. Para ficar no exemplo mais emblemático, a atuação de Tcheco foi medonha. No segundo tempo, o capitão chegou a enfileirar uma sequência de passes errados e bolas perdidas. O volante Adílson e o goleiro Victor - como sempre - talvez sejam os únicos que não tenham responsabilidade sobre o fiasco tricolor no Estádio da Ressacada.
Depois de ontem, chego a pensar que não entendo nada de futebol. Esse time derruba qualquer comentarista. Só espero que tenha sido “apenas” o pior jogo do Grêmio na temporada e que as coisas melhorem já no sábado, quando - “graças a Deus”- o jogo é no Olímpico. Aliás, por falar nisso, já decidi: não vou mais perder tempo olhando o Grêmio quando a partida é fora de casa.
Afinal, o resultado todo mundo já sabe.
Em 6 jogos, são 5 derrotas e 1 empate. Ninguém merece!


E a crise do Inter?

Pensei que tinha ido pro espaço ontem à noite.
Com 2 a 0 no primeiro tempo e o time voltando à liderança do Brasileirão 2009, a impressão era de que a turbulência estava passando. Mas o segundo tempo mostrou que a crise colorada não tem nada de passageira.
Ainda assim, olho aquela maldita tabela e vejo que o Inter segue em terceiro lugar, na zona de classificação para a Libertadores, enquanto que o Grêmio é apenas o 8º colocado.
Vai entender o futebol...

segunda-feira, 20 de julho de 2009

O legítimo Gre-Nal do Século

Pitter Ellwanger

Deu Grêmio no ÚNICO e LEGÍTIMO Gre-Nal do Século.
O Tricolor quebrou um jejum de sete jogos sem vitória no maior clássico brasileiro e deixou a instabilidade lá pelos lados do Beira Rio. Se a gente parar para pensar, há duas semanas diziam que Inter e Corinthians eram os melhores times do país e que a final da Copa do Brasil seria uma espécie de “tira-teima”.

Pois bem: na semana passada, atropelamos o Corinthians, e ontem despachamos os “moranguinhos”.
Portanto, não preciso dizer mais nada...

Os amigos colorados que me perdoem,
mas a flauta é fundamental.

O Grêmio não poderia perder o quinto Gre-Nal seguido.
Além de desaforo, seria uma injustiça.
Apesar de repetir o erro de clássicos anteriores no gol colorado, ontem o Tricolor mostrou que respira novos ares.
Inegavelmente, o ambiente é outro no Olímpico.
O time começa a engrenar, tem um padrão de jogo definido e a sequência do trabalho já aponta para uma afirmação. É cedo para prever até onde o Grêmio pode chegar no Brasileirão 2009, mas o caminho parece bem traçado.
Paulo Autuori não é um mago de bola, e possivelmente vai cometer erros mais adiante. No entanto, é justo destacar uma qualidade do treinador gremista: a arte de simplificar.
Já o Inter, ainda padece do mau momento. Por mais que o clube se esforce, é difícil restabelecer a ordem perdida sem uma ação mais efetiva, um chamado “fato novo”. O Inter não consegue se reencontrar. A posição na tabela ainda é boa, mas nada mudou no ambiente colorado. E isso preocupa a torcida. Jogadores como Taison e D’Alessandro estão sucumbindo. A crise é coletiva, mas é na individualidade que se concentra o problema.
Como não tenho nada a ver com isso, insisto na campanha:
FICA TITE!!!

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Eu avisei...

Pitter Ellwanger

Nada é definitivo no futebol.
Eu avisei que é preciso cautela, pois o santo ainda é de barro!
Na segunda-feira, o Grêmio surgia como “grande favorito” para o clássico de domingo, enquanto que no Beira Rio o clima era de terra arrasada. Mas bastou a rodada do meio de semana para desmentir certas tendências.
Em primeiro lugar, o Inter não deixou de ser um bom time. É verdade que o grupo colorado vive um período de crise técnica. A boa vitória sobre o Fluminense, no entanto, não só recolocou o Inter na liderança, como começa a estabilizar a turbulência pelos lados do Beira Rio. Tite, por exemplo, ganhou sobrevida.
Em segundo lugar, o Grêmio ainda está longe de brigar pela ponta da tabela. É notório o crescimento da equipe, que já apresenta um padrão de jogo consistente, com boa resposta do trabalho de Paulo Autuori. Mas o Tricolor ainda carece de qualidade no seu grupo de jogadores. E isso ficou evidente na derrota para o Coritiba. A bobagem de William Thiego, que provocou uma expulsão injustificável e prejudicou o desempenho da equipe no segundo tempo, demonstra a necessidade urgente de reforços.
Detalhe: Foi a 6ª expulsão no Grêmio em apenas 11 rodadas. E quase todas de forma infantil, desnecessária.

E agora?
O Inter voltou a ser favorito?
O Grêmio vai como azarão?
Nada a declarar!

Gre-Nal é um campeonato à parte.
E o futebol, ao contrário de qualquer outro esporte, ensina que uma tendência é apenas uma tendência.


Deu Estudiantes
Eu nunca duvidei da força do Estudiantes.
É só lembrar a dificuldade imposta pelos argentinos na final da Copa Sul-Americana contra o Inter, no ano passado. O time de Veron jogou muito mais do que o Cruzeiro em La Plata e no Mineirão. O título da Libertadores 2009 é merecidíssimo.
Os mineiros acharam um gol no início do segundo tempo, mas nem isso abalou a tranquilidade dos hermanos, que seguiram tocando a bola e conquistaram a virada. O Cruzeiro, ao contrário, era puro nervosismo. Pena por Adílson Batista, o grande Capitão América. Mas confesso que torci pelo Estudiantes.

terça-feira, 14 de julho de 2009

O ataque funcionou

Pitter Ellwanger

Foi a primeira atuação empolgante do Grêmio na temporada.
O time fez uma partida irretocável.
O grande Corinthians, campeão da Copa do Brasil, parecia anestesiado pela supremacia tricolor em campo. Com toque de bola e boas jogadas pelos flancos, o Grêmio precisou de apenas 37 minutos para impor a goleada de 3 a 0 - é bom lembrar que o Corinthians nunca havia perdido por três gols de diferença com Mano Menezes no comando.
O “Timão” não viu a cor da bola.
É possível que até não estivesse nos seus melhores dias, mas a incapacidade mostrada pelo Corinthians é muito mais mérito do Grêmio do que qualquer ressaca de título. Ronaldo, literalmente só passeou em Porto Alegre. Além de bem marcado, a bola quase não chegou no atacante. O Grêmio controlou o meio-campo e mostrou evolução no sistema de jogo.
A grande notícia das últimas vitórias, no entanto, está na produtividade do ataque. O Grêmio talvez seja o clube que mais desperdiçou oportunidades de gol em 2009. A baixa efetividade nas conclusões decretou a eliminação na Libertadores.
E agora, parece que tudo mudou da água para o vinho. Contra o Atlético-PR, em 12 minutos foram três oportunidades e três gols. Contra o Corinthians, o time teve quatro chances em 37 minutos e marcou outros três. Um aproveitamento impressionante, que em nada lembra o Grêmio de duas semanas atrás.

Já dá para pensar no título, então?
Vamos com calma...

Como bem declarou o técnico Paulo Autuori, foi apenas uma vitória. E é bom que o clima no vestiário seja de pés no chão. A empolgação fica por conta da torcida. O Grêmio passa por um período de reestruturação e ainda depende de muito trabalho para aspirar algo além. O futebol é instantâneo. A vitória de ontem deu moral. Mas pode virar pó na lembrança do torcedor se houver um tropeço contra o Coritiba ou no próprio Gre-Nal.
Portanto, devagar com o andor, porque o santo ainda é de barro...

Em queda livre
O Inter precisa de uma chacoalhada!
E a saída de Tite é a melhor opção neste momento.
Essa história de “mudar não mudando” não adianta; só adia o problema. Vide Celso Roth no Grêmio ano passado. Aliás, os dois treinadores carregam estigmas semelhantes.
Eles chegam em meio a crises, ajeitam a equipe e conquistam um e outro resultado interessante. Mas nada de grandes títulos, e é isso que acaba frustrando o torcedor.
Tite não tem mais clima para trabalhar no Beira Rio.
Salvo uma mudança brusca de rota nas próximas rodadas, sua saída parece uma questão de tempo.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Quem segura o Gordo?

Pitter Ellwanger

É domingo o primeiro grande teste do Grêmio no Brasileirão. E justo contra o Corinthians de Mano Menezes... e Ronaldo, é claro!
O jogo, aliás, não poderia vir em melhor hora.
O Tricolor precisa de afirmação, e uma vitória sobre o campeão da Copa do Brasil dá moral para a sequência do campeonato - Coritiba fora, dia 15, e Gre-Nal no Olímpico, dia 19. Falta (ainda) confiança ao time, principalmente da torcida.
Se o Grêmio sonha com uma classificação à Libertadores, por exemplo, a hora da arrancada é agora, quando o Brasileirão chega à metade do 1º turno.

A grande questão é:
COMO PARAR O GORDO?

Ronaldo está em ótima fase.
Com a atuação de gala contra o Fluminense, mostrou novamente que talvez seja o melhor jogador brasileiro em todos os tempos depois de Pelé. Não apenas pela facilidade com que faz gols, mesmo estando acima do peso. Mas pelo poder de superação, de renascimento. Querendo ou não, ele é “o” cara.
O Grêmio acerta ao dizer que não pretende fazer marcação especial sobre o jogador. É lógico que Ronaldo requer atenção redobrada, mas não dá para esquecer o resto do time.
Lembrem-se: o Corinthians tem Mano Menezes, e Ronaldo só brilha em função do coletivo. O conjunto corinthiano talvez seja o melhor do futebol brasileiro.
Por isso, domingo é dia de Olímpico lotado. É a chance de se livrar de uma vez por todas da ressaca da Libertadores.

Vem aí a Tríplice Coroa

Pitter Ellwanger


O Inter está com tudo no ano centenário.
Para “alegria” do fanfarrão Vitorio Piffero, os colorados podem conquistar mais uma vez a “Tríplice Coroa”.
O time já foi VICE da Copa do Brasil e da Recopa. Agora, só falta o VICE do Brasileirão. Dá-lhe Inter!
Deixando a corneta de lado, tudo conspira contra o técnico Tite. Os dirigentes negam, mas a sombra de Muricy Ramalho anda à espreita. O ex-técnico do São Paulo é quase unanimidade no Beira Rio. Foi ele que montou a base do Inter campeão da América e do Mundo em 2006. Muricy classificou o time para a Libertadores e só não foi campeão brasileiro em 2005 por conta do escândalo das arbitragens. Ele sempre foi o nome preferido depois da saída de Abel Braga, mas estava bem no São Paulo.
A batata de Tite está assando e a especulação ganha força com a negativa de Muricy ao Palmeiras. Uma derrota contra o Atlético-PR pode apressar o desejo da maior parte da torcida colorada.
Eu, particularmente, acho uma injustiça.
Tite é campeão da Copa Sul-Americana, campeão gaúcho invicto, VICE da Copa do Brasil e VICE da Recopa. Além disso, lidera o Brasileirão 2009. Portanto, FICA TITE!!!

Deu no Equador
Parece que em Quito eles tem um programa parecido com o Fantástico, onde quem faz TRÊS pede a música. Os jogadores da LDU escolheram CHOCOLATE, do Tim Maia... É sacanagem!!!

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Viva a ciência!

Pitter Ellwanger

O futebol de sábado está salvo.

Os “craques” de fim de semana acabam de ganhar sua “carta de alforria” com embasamento científico.

Atenção mães, namoradas, esposas e afins:

ESTÁ COMPROVADO!

Os componentes da CERVEJA ajudam na recuperação do metabolismo hormonal e imunológico depois da prática desportiva de alto rendimento e também favorece a prevenção de dores musculares. A afirmação é do Conselho Superior de Investigações Científicas (CSIC) da Espanha, que apresentou um estudo defendendo o consumo moderado de cerveja para os atletas como fonte de hidratação diária.
O estudo “Idoneidade da Cerveja na Recuperação do Metabolismo dos Desportistas”, apresentado nesta terça-feira, dia 7, foi baseado em relatórios e pesquisas de especialistas em medicina, fisiologia e nutrição da Universidade de Granada.
Portanto, a partir de agora, qualquer atraso está plenamente justificado. Chegar tarde em casa não pode mais ser motivo de briga. Se o consumo de cerveja depois do futebol é considerado importante para os desportistas de alto rendimento, para os atletas de fim de semana, então, passa a ser “fundamental”. Eu diria até que é uma questão de saúde, a fim de evitar lesões e restabelecer a condição física do indivíduo.

ISSO NÃO É PIADA!

A tese é defendida pelo cardiologista e ex-jogador de basquete da seleção espanhola, Juan Antonio Corbalán, medalha de prata nas Olimpíadas de Los Angeles, em 1984. De acordo com os pesquisadores, a cerveja contém 95% de água e é a bebida alcoólica com menor gradação (5% em média). Recomenda-se o consumo de três tulipas de 200 ml - uma tulipa de 200 ml possui 90 calorias, o mesmo que um copo de suco de laranja.
Para chegar a essa brilhante conclusão de consumo na dieta de desportistas, os cientistas fizeram pesquisas com 16 atletas universitários com idades entre 20 e 30 anos. Os testes foram feitos durante três semanas em baterias diárias de uma hora de corrida, sob calor de 35º, 60% de umidade relativa e duas horas de pausa para hidratação. Nesse intervalo os atletas bebiam água ou cerveja (máximo de 660 ml), alternando as bebidas em cada pausa de hidratação para comparar resultados. A conclusão foi de que a cerveja permitia recuperar as perdas hídricas e as alterações do metabolismo tão bem quanto a água. Viram?

Pois é, amigos, a anistia chegou.

Recomendo aos boleiros de sábado deixar as companheiras por dentro do assunto. Afinal, ninguém precisa inventar desculpa.

É pura ciência! Prosit!

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Chegou no limite

Pitter Ellwanger

A realidade é dura, por vezes cruel.
O Grêmio chegou no seu limite. Não fosse a frágil tabela de jogos até a semifinal, dá para dizer que foi além do que podia e merecia. Só vontade não ganha jogo, o que dirá uma Libertadores. Então, caindo na real, a ilusão foi boa enquanto durou.
Nos dois jogos da semifinal contra o Cruzeiro, o Grêmio criou pelo menos o dobro de oportunidades. Até jogou bem, mas faltou (muita) qualidade. Os primeiros 45 minutos de ontem são emblemáticos. O time partiu para cima do adversário, criou várias situações e nada de gol. Como brincou dias atrás o comentarista Wianey Carlet, o Grêmio “só namora e não põe pra dentro”. E é aí que faz diferença a qualidade. O Cruzeiro, que quase não passou do meio-campo no primeiro tempo, precisou de apenas dois lances para liquidar a fatura.
Se no Cruzeiro - que aliás não foi o bicho-papão que todos esperavam - sobrou qualidade, no Grêmio faltou. O lance do primeiro gol é bisonho. A forma como o sistema defensivo foi envolvido a partir de um simples lateral merece um capítulo na cartilha de que como não se joga futebol.
Mas é sabido que o que começa mal, termina mal. O Grêmio enfrenta uma sucessão de equívocos desde o ano passado, quando perdeu de forma constrangedora o título nacional. A direção parece não ter domínio sobre o cotidiano do clube. É fraca e repetitiva! Dentro de campo, o time enfrenta problemas crônicos desde a época de Mano Menezes. Ainda carece de laterais e de atacantes que saibam fazer o que lhes compete.
É por isso que a perspectiva para o restante do Campeonato Brasileiro não é muito animadora. Não existe “terra arrasada”, mas para ficar bom ainda falta muito.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Com toda justiça

Pitter Ellwanger


Fernando Carvalho tinha razão. Havia um complô para favorecer o Corinthians e derrubar o Inter na Copa do Brasil. No jogo de ontem ficou evidente toda “maracutaia”.
Observem o lance do primeiro gol: o atacante Jorge Henrique, de 1,69m, pulou além do que podia para ganhar da zaga do Inter e cabecear para o fundo das redes. Com aquele tamanho, ele nunca poderia ter feito uma jogada dessas. E só o juiz não viu!!!
No segundo gol a “infração” é ainda pior. Gravíssima, por sinal. A velocidade do chute do lateral André Santos foi muito acima da permitida por Lei. E o juiz novamente fez vista grossa.
Ou seja, “roubou” o Internacional e “favoreceu” o Corinthians, para desespero de Fernando Carvalho...
Gozação à parte, a verdade é que o vice de futebol do Inter deu um tiro no pé. A ideia do dossiê na véspera da decisão evidenciou o desespero que rondava o Beira Rio. Os próprios jogadores demonstraram muita intranquilidade em campo. Não sei se o Corinthians é melhor do que Inter, mas foi melhor time nos 180 minutos e levou o título com toda justiça.
O Inter tem uma grande equipe, mas está longe de ser um “dream team”. Criou-se uma expectativa exagerada, de time imbatível, que acabou contaminando o vestiário colorado.
Numa análise mais fria, percebe-se um declínio gradual desde o confronto com o Flamengo na Copa do Brasil. Ao contrário do início da temporada, as últimas vitórias tiveram muito mais transpiração do que qualquer conotação tática.
E aí, méritos para Mano Menezes, hoje talvez o melhor técnico do país. O Corinthians tem Ronaldo, mas passa longe do futebol arte. É um time aplicado, bem costurado, com destaques individuais que só aparecem no coletivo. É o dedo do treinador, como dizem.
Por isso, valeu pelo título, Mano. E que saudade...

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Que semana, meus amigos!

Pitter Ellwanger

Que semana, meus amigos! Que semana!
É difícil saber o que deixa o torcedor mais nervoso: se a chance de virada do seu time ou a probabilidade de fracasso do maior rival. É assim que as coisas funcionam aqui no Sul.
Rivalidade à parte, o futebol gaúcho vive um estado de graça inédito. Não lembro de decisões paralelas tão importantes envolvendo Grêmio e Inter. Para se ter uma ideia da dimensão desta semana histórica, basta ver os números da imprensa. A final da Copa do Brasil e o segundo jogo pela semifinal da Libertadores trarão a Porto Alegre 82 rádios e 24 emissoras de TV.
Os olhos do Brasil e da América do Sul estarão voltados para o Rio Grande. Mais de 600 jornalistas - ou o que você preferir, já que o diploma não vale mais nada mesmo - vão aportar na capital gaúcha. São números impressionantes, que confirmam o grande momento de Grêmio e Inter.
O futebol é imprevisível. Portanto, é plenamente justificada a euforia de gremistas e colorados que acreditam em viradas históricas. Por outro lado, é preciso ponderar que o esporte das multidões também observa certas tendências de momento. E a tendência atual aponta para Corinthians e Cruzeiro.
Como gremista, não posso deixar de acreditar no meu time, assim como também sou obrigado a ligar o “secador” nesta quarta-feira. Porém, na frieza da razão, acho que a alegria dos gremistas será hoje e a dos colorados amanhã.
Pessoalmente, gostaria de acertar minha primeira previsão e errar a segunda. Mas como desportista, também sei que a eterna gangorra pode “ressuscitar” a qualquer momento, seja para o lado azul ou para o lado vermelho.
Como diria Galvão Bueno, “haja coração!”

segunda-feira, 29 de junho de 2009

O erro de Carvalho

Pitter Ellwanger


Até parece uma justificativa pela derrota anunciada.
Acho que o maior presidente da história do Inter cometeu um erro ao apresentar, dois dias antes da grande final da Copa do Brasil, um dossiê com erros de arbitragem que teriam favorecido o Corinthians. Parece choro de perdedor.
Entendo que todo esse ambiente criado por Fernando Carvalho faz parte do futebol. É uma tentativa de condicionar a arbitragem e mobilizar o próprio grupo de jogadores do Inter. Diante de uma missão que terá de ser heróica - ou épica, como preferem alguns -, é preciso criar um fato novo, que fuja do habitual, justamente para alcançar algo fora do comum. Pois o Inter é o grande azarão na final de quarta-feira, assim como o Grêmio será o franco-atirador na quinta. O Corinthians tem o título nas mãos. A vantagem do Timão é muito grande.
Sob este aspecto, Fernando Carvalho acerta em agitar a decisão na tentativa de transformar o duelo numa partida fora do comum. Mas pergunto: Esta provocação não servirá para mobilizar ainda mais o adversário? Não será o Corinthians o maior beneficiado por esse clima de suspeita?
Penso que Mano Menezes vai saber tirar proveito da situação criada pelo vice de futebol do Inter. Se ele acertou ou errou, só o tempo dirá. E não falta muito. Quarta-feira a gente descobre.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Faltou o homem-gol

Pitter Ellwanger

É provável que o Grêmio tenha se despedido da Libertadores ontem. O gol de Souza dá um fio de esperança à Nação Tricolor. Ainda assim, é complicado passar pelo Cruzeiro.
O Grêmio é imortal, eu sei. Mas pergunto: Esse time tem a cara do Grêmio? Acho que não.
Pelo que mostrou até agora, não dá para levar fé na virada.
Eu também sei que o “drama” faz parte das nossas grandes conquistas, mas, sinceramente, é difícil acreditar.
A verdade é uma só:
O Grêmio padece da falta de um “homem-gol”. E não é de hoje. Desde Jardel, não lembro de um matador nato vestindo a camisa tricolor. Marcelinho Paraíba, talvez, mas fica por aí.
O placar de 3 a 1 sofrido no Mineirão é incontestável. No entanto, é duro ver que o Grêmio poderia ter decidido a semifinal no primeiro tempo. Alex Mineiro e Maxi López perderam gols incríveis, deixaram de abrir 2 a 0 e liquidar com o Cruzeiro.
Foram incompetentes! Essa é a palavra. Jogador profissional, num confronto dessa dimensão, não pode perder gols como eles perderam. É inadmissível!
Talvez aí o Grêmio tenha deixado para trás o sonho do tricampeonato. Talvez, porque aquela “maldita” esperança ainda existe, e vai sufocar os gremistas até a próxima quinta-feira.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

A “máquina” pifou?

Pitter Ellwanger

O Inter tomou quatro do Flamengo, que tinha levado cinco do Coritiba. O time colorado esteve irreconhecível no Maracanã e já começa a preocupar seu torcedor.
Afinal, são cinco jogos na sequência sem vitória - 1 x 1 Cruzeiro, 0 x 1 Coritiba, 0 x 0 Vitória, 0 x 2 Corinthians e 0 x 4 Flamengo.
Será que a “máquina” pifou? Talvez.
Ou foi um jogo atípico? É provável também.
A verdade é que o Inter não conseguiu desligar da Copa do Brasil. O grupo não assimilou a derrota no primeiro jogo das finais e só pensa no dia 1º de julho. A falta de concentração pode até justificar um tropeço, mas não explica a atuação constrangedora deste domingo. E não adianta continuar remoendo a derrota para o Corinthians, pois antes do confronto decisivo ainda tem a LDU pela Recopa e o Coritiba pelo Brasileirão.
Além disso, nenhuma equipe consegue manter o ritmo alucinante que o Inter vinha empreendendo no Brasileirão e na Copa do Brasil. O desgaste é natural, e por mais qualificado que seja o grupo, reserva não é titular. Alecsandro está longe de ser Nilmar.

E o Grêmio?
O Grêmio continua vacilante. O primeiro semestre está acabando e ainda não temos um time confiável.
Qual foi mesmo a grande atuação na temporada?
Sinceramente, não lembro. Talvez os jogos contra a Universidad de Chile tenham sido uma exceção, mas é muito pouco para o tamanho da ambição tricolor.
Se continuar assim, dificilmente o Grêmio passa pelo Cruzeiro. É preciso uma atuação acima da média para eliminar a raposa, principalmente no primeiro jogo em Belo Horizonte. O Mineirão costuma ser traumático para o clube gaúcho.
No último Brasileirão, lutando pelo título, o Grêmio levou 3 a 0. E a gente sabe que outra derrota assim na quarta-feira não tem volta. Por isso, é hora de torcer para o time desencantar.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Complicou para o Inter

Pitter Ellwanger



A tarefa do Inter ficou muito complicada depois do 2 a 0 em São Paulo. Além de não conseguir manter a desvantagem pelo placar mínimo, o time não fez gol fora de casa. E se o Corinthians marcar um no Beira Rio, dia 1º, obriga o Inter a fazer quatro.
A matemática da Copa do Brasil é cruel. O Inter não jogou mal ontem. Até criou boas oportunidades para marcar, mas sentiu a falta de D’Alessandro e Nilmar, principalmente. O mérito do Corinthians foi saber aproveitar e controlar as situações da partida, com jogadores como o goleiro Felipe e o matador Ronaldo. E foi justamente isso que faltou ao Inter no Pacaembu: jogadores que fazem a diferença, como Nilmar e D’Alessandro.
Nem tudo está perdido, é claro. No futebol, nada é impossível. E a torcida colorada acredita na força do Beira Rio.
Mas, hoje, eu diria que 80% do título está nas mãos do Corinthians de Mano Menezes, que deve ter aprendido a lição do ano passado.
Pelo menos, assim espero...

Grêmio está devendo

Pitter Ellwanger



O Grêmio está na semifinal da Libertadores da América. É fato! Está a dois jogos da final e a quatro de Dubai. O título está logo ali, mas ainda parece distante no imaginário do torcedor.
O time decepcionou contra o fraco Caracas, dentro do Olímpico, e por pouco não pagou caro no final. Era visível o desinteresse de alguns jogadores, não sei se por falta de motivação ou incapacidade técnica. Souza nem de longe lembrou seus melhores momentos. Tcheco também sucumbiu. Alex Mineiro, quando tem a bola nos pés, sabe tratá-la bem, mas ele não faz gols. E o que mais se pode querer de um centroavante?
A mudança de esquema foi positiva para o Grêmio, como se viu contra o Fluminense. O time deixou de ser covarde longe do Olímpico com o 4-4-2. Ontem, porém, dentro de casa, parece que o 3-5-2 fez falta. Basta lembrar a maneira como o Grêmio vinha se comportando nos jogos que fez em Porto Alegre.
Esquemas à parte, o fato é que para ser tricampeão da América ainda falta muito. Resta torcer para que o time desencante contra um clube grande, como Cruzeiro ou São Paulo... Será?

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Uma seleção competitiva

Pitter Ellwanger

O Brasil não foi brilhante. E o Paraguai também não foi o Uruguai. Basta olhar a tabela de classificação para ver que os uruguaios parecem cada vez mais longe da próxima Copa do Mundo, enquanto que os paraguaios, até domingo, lideravam as Eliminatórias. Portanto, era evidente que o jogo de ontem seria complicado.
No final, o que importa são os três pontos e a vaga encaminhada para 2010. O Brasil não jogou tão bem quanto a torcida queria, mas a vitória sobre o Paraguai confirmou uma mudança no espírito da Seleção Brasileira. O grupo de Dunga parece ter incorporado a competitividade que se faz necessária mesmo quando o fino da bola fica em segundo plano.
Um time de futebol não se faz campeão (só) dando espetáculo. A consagração dentro das quatro linhas vai além da tática ou do esquema de jogo. E a nossa seleção, aos poucos, vai ganhando a confiança do torcedor brasileiro, muito mais pelo brio do que pela arte. A impressão é de que a crítica vai ter que “engolir” Dunga. Ele só não será o treinador do Brasil na Copa da África se houver um fiasco retumbante na Copa das Confederações ou uma catástrofe mais adiante, na sequência das Eliminatórias.
E justiça seja feita, Dunga tem acertado nos últimos jogos. A escolha por Nilmar surpreendeu e mostrou sintonia com a preferência do torcedor. Todo mundo esperava - inclusive eu - que ele escalasse Pato. Mas o técnico compreendeu que o atacante colorado vive grande momento e sua escolha acabou muito bem justificada.

Para descontrair...
O gremista Mazi Schaumloeffel brincou que queria ver o Grêmio campeão da Libertadores com um gol de “Willian Thiego” e campeão do mundo com um gol de “Ortemann”.
Eu quase não aguentei...
Willian Thiego? Ortemann? Mas nem a pau Juvenal!!! Se isso acontecer, eu ando pelado pela São Miguel...
Pensando bem, melhor não arriscar... Afinal, no futebol tudo pode acontecer. Não teve um time que ficou campeão do mundo com um gol de Adriano Gabiru??? Pois então...

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Pato ou Nilmar?

Pitter Ellwanger



O Brasil de Dunga deu show no sábado. A goleada histórica sobre o Uruguai empolgou até aquele torcedor que não liga muito para a seleção. De quebra, o “Centenariazzo” - alusão irônica ao Maracanazzo de 1950, sempre tão lembrado pelos uruguaios - garantiu a liderança das Eliminatórias.
Brasil e Paraguai estão empatados com 24 pontos, mas nossa seleção leva vantagem no saldo de gols. E o melhor é que quarta-feira tem tira-teima em Recife. É a chance do Brasil devolver a derrota do primeiro turno e abrir três pontos de vantagem.
O mais importante do 4 a 0 sobre o Uruguai foi a boa atuação da seleção brasileira. Pela primeira vez nas Eliminatórias, o time de Dunga venceu e convenceu. A defesa, com Lúcio e Juan, foi muito bem. No meio, apesar de não serem craques, é preciso reconhecer o valor de Felipe Melo e Elano, duas apostas do treinador. Kaká, apesar de discreto no sábado, é o grande líder desta geração. Robinho ainda alterna altos e baixos, e Luís Fabiano, querendo ou não, faz gols.
Mas o artilheiro do Brasil foi expulso e não joga na quarta. É aí que mora a dúvida de Dunga: quem entra no lugar de Luís Fabiano, Pato ou Nilmar? Nos bastidores, dizem que Pato leva vantagem pelo entrosamento que tem com Kaká - os dois jogam no Milan. Até acho que Dunga vai optar pelo garoto, mas penso que o momento é de Nilmar. O atacante colorado vive grande fase e está com bom ritmo de jogo. Pato vem de final de temporada na Europa e não foi titular absoluto.
Por isso, Nilmar deveria ser o substituto de Luís Fabiano. Mas, como cabeça de treinador - ainda mais de seleção - é uma “caixinha de supresas”, melhor apostar no contrário.


Brasileirão 2009
Por enquanto, nada de novo... O Inter segue líder e o Grêmio, quando joga em casa, melhora na tabela.
O que surpreende - mas também não é novidade - é a vice-liderança do Atlético-MG de Celso Roth. Este “grande” treinador, mais conhecido como “cavalo paraguaio”, tem a incrível capacidade de iludir a torcida com arrancadas fulminantes e depois frustrá-la com finais melancólicos. Foi assim no vice-campeonato do Tricolor no ano passado.
Portanto, turma do Galo, muita calma nessa hora. Lembrem-se que o técnico é Celso Roth. Mas... se for para tirar o título dos “moranguinhos”, até aceito queimar minha língua...

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Agora é contigo, Mano

Pitter Ellwanger



O Coritiba foi um time esforçado, que até deu esperança aos secadores de plantão - como eu, admito.
O bonito gol do argentino Ariel, aos 29 minutos do segundo tempo, transformou em drama a classificação colorada. Não fosse a boa atuação do goleiro Lauro e a pouca qualidade do Coritiba na conclusão das jogadas de ataque, a história poderia ser outra.
Mas é fato que o Inter merece estar na final da Copa do Brasil. Tem um plantel qualificado, com jogadores de exceção, e um esquema de jogo bem definido. O aproveitamento na temporada 2009 é de quase 90%. Em 35 partidas, são 29 vitórias, quatro empates e apenas duas derrotas. São números que impressionam e colocam o Internacional não só como forte candidato ao título da Copa do Brasil, mas também do Brasileirão.
Ontem, porém, o que surpreendeu os colorados foi a falta de ousadia da equipe. Tite foi na contramão do próprio discurso e armou uma retranca. Jogou com o regulamento embaixo do braço, o que não está errado. Mas se por um lado o sistema defensivo funcionou bem, com grande atuação dos zagueiros e volantes, por outro o ataque ficou isolado, e quando teve oportunidade, deixou de matar o jogo. Tudo isso contribuiu para aqueles 18 minutos de terror depois do gol do Coxa.
Em São Paulo, o Corinthians também passou por dificuldades. Há quem diga que o Vasco até merecia ganhar o jogo de ontem. Mas, assim como o Inter, o Corinthians está em um estágio avançado de preparação em relação aos demais clubes do país.
Portanto, a final é justa. Chegou a hora do tira-teima.
De um lado, os colorados, que não esquecem 2005, quando o Corinthians foi campeão brasileiro favorecido pela arbitragem. De outro, os corinthianos, que acusam o Inter de fazer “corpo mole” na última rodada do Brasileirão 2007, quando a derrota colorada para o Goiás contribuiu para a queda do Timão à Série B.
Para nós, gremistas, a esperança está em Mano Menezes, o último grande técnico que passou pelo Olímpico.
Por isso, agora é contigo, Mano. Já que não deu a Libertadores de 2007, “traz” pelo menos essa Copa do Brasil...

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Para salvar a segunda-feira...

Pitter Ellwanger


Hoje não é um bom dia para falar sobre futebol.
O gol do Vitória aos 47 do segundo tempo serviu para “premiar” mais uma atuação ridícula do Grêmio. O problema é que não dá para esperar muito de um time que começou errado.
Paulo Autuori não tem culpa.
O foco da questão está no planejamento - ou melhor, na falta dele - precário da direção gremista, que insistiu com Celso Roth no início do ano. Foram quatro meses de tempo perdido, e a cobrança fatalmente virá ao longo da temporada.
Com a situação que vive hoje, o Grêmio não tem como ambicionar nada além de uma posição intermediária na tabela do Brasileirão. Na Libertadores, então, a eliminação parece ser uma questão de tempo. O grupo até tem bons jogadores, mas a estrutura de jogo é muito deficiente.
No momento, o que Paulo Autuori pode fazer é antecipar a mudança para o 4-4-2 e começar do zero. No jogo de ontem, os jogadores entraram campo perdidos literalmente. O esquema com três zagueiros não funciona mais e ainda parece confundir os laterais e jogadores de meio-campo.
Para piorar, o Inter sobra no Brasileirão. A fase é tão boa, mas tão boa, que o time não perde nem se Tite escalar o roupeiro e o massagista. No Beira Rio, por exemplo, já são 20 jogos no ano, com 19 vitórias e apenas um empate.
Além disso, faltam 8 gols para o rolo compressor colorado atingir a marca de 100 na temporada. É duro admitir, mas a Copa do Brasil já está (quase) no papo e o Brasileirão parece ser só o tempo de esperar até dezembro. Não sei se vou aguentar...

Mas nem tudo está perdido...
O nome dela é Luli Miller.
Esta linda gaúcha de 31 anos está na revista Vip de junho, e é minha sugestão para “salvar” a segunda-feira...
O que isso tem a ver com futebol?
Pô, vai dizer que ela não bate um bolão...?

quinta-feira, 28 de maio de 2009

O nocaute de Taison

Pitter Ellwanger


Futebol é volátil.
O “bola cheia” de hoje pode ser o “bola murcha” de amanhã. Tem jogador que passa de herói a vilão em questão de minutos.
Mas é fato que Taison, o menino do Beira Rio, é o melhor jogador do futebol brasileiro na atualidade. A exceção de um, no máximo dois jogos, ele vem mantendo uma regularidade impressionante nesta temporada. Ontem, desmontou sozinho a defesa do Coritiba e encaminhou a vaga colorada para a final da Copa do Brasil.
O jogo foi duro, complicado. O gol do Coritiba assustou a torcida. Mas craque é craque, e Taison precisou de apenas dois minutos de pura impetuosidade para garantir a vitória.
A vantagem de dois gols é muito boa, e pela bola que o Inter vem jogando, já é finalista. Ou alguém duvida?

Só valeu pelo resultado

Pitter Ellwanger



Foi sofrível, principalmente no primeiro tempo.
A péssima condição do gramado e a dificuldade do Grêmio em entrar no jogo por pouco não decretaram a primeira derrota na Libertadores 2009.
O modesto Caracas tentou fazer da vida do Grêmio um inferno, literalmente. Aqueles “lança-chamas” que tomaram conta das arquibancadas, antes da partida, davam a sensação de uma noite de suplício tricolor na Venezuela.
Com bola rolando, o gol logo a 1 minuto até assustou - mais pela falha da defesa do que pela competência do adversário. Ninguém do Grêmio pulou na bola. Aos poucos, porém, deu para perceber a fragilidade do Caracas, um time modesto que não deve oferecer maior resistência em Porto Alegre no dia 17 de junho.
O problema é que o Grêmio não se ajudou. Victor, como sempre, teve que “operar um milagre”. O meio-campo demorou para acertar e só na metade do segundo tempo que o time realmente foi efetivo no ataque.
O que ficou da partida de ontem é que Paulo Autuori tem muito trabalho pela frente. O Grêmio deve classificar para as semifinais até com certa facilidade. O problema é o que vem depois: Cruzeiro ou São Paulo.
Portanto, até o mais otimista dos gremistas deve evitar pensar no Barcelona... Afinal de contas, como diz aquele velho e surrado ditado, “mingau quente se come pelas beiradas...”