terça-feira, 14 de julho de 2009

O ataque funcionou

Pitter Ellwanger

Foi a primeira atuação empolgante do Grêmio na temporada.
O time fez uma partida irretocável.
O grande Corinthians, campeão da Copa do Brasil, parecia anestesiado pela supremacia tricolor em campo. Com toque de bola e boas jogadas pelos flancos, o Grêmio precisou de apenas 37 minutos para impor a goleada de 3 a 0 - é bom lembrar que o Corinthians nunca havia perdido por três gols de diferença com Mano Menezes no comando.
O “Timão” não viu a cor da bola.
É possível que até não estivesse nos seus melhores dias, mas a incapacidade mostrada pelo Corinthians é muito mais mérito do Grêmio do que qualquer ressaca de título. Ronaldo, literalmente só passeou em Porto Alegre. Além de bem marcado, a bola quase não chegou no atacante. O Grêmio controlou o meio-campo e mostrou evolução no sistema de jogo.
A grande notícia das últimas vitórias, no entanto, está na produtividade do ataque. O Grêmio talvez seja o clube que mais desperdiçou oportunidades de gol em 2009. A baixa efetividade nas conclusões decretou a eliminação na Libertadores.
E agora, parece que tudo mudou da água para o vinho. Contra o Atlético-PR, em 12 minutos foram três oportunidades e três gols. Contra o Corinthians, o time teve quatro chances em 37 minutos e marcou outros três. Um aproveitamento impressionante, que em nada lembra o Grêmio de duas semanas atrás.

Já dá para pensar no título, então?
Vamos com calma...

Como bem declarou o técnico Paulo Autuori, foi apenas uma vitória. E é bom que o clima no vestiário seja de pés no chão. A empolgação fica por conta da torcida. O Grêmio passa por um período de reestruturação e ainda depende de muito trabalho para aspirar algo além. O futebol é instantâneo. A vitória de ontem deu moral. Mas pode virar pó na lembrança do torcedor se houver um tropeço contra o Coritiba ou no próprio Gre-Nal.
Portanto, devagar com o andor, porque o santo ainda é de barro...

Em queda livre
O Inter precisa de uma chacoalhada!
E a saída de Tite é a melhor opção neste momento.
Essa história de “mudar não mudando” não adianta; só adia o problema. Vide Celso Roth no Grêmio ano passado. Aliás, os dois treinadores carregam estigmas semelhantes.
Eles chegam em meio a crises, ajeitam a equipe e conquistam um e outro resultado interessante. Mas nada de grandes títulos, e é isso que acaba frustrando o torcedor.
Tite não tem mais clima para trabalhar no Beira Rio.
Salvo uma mudança brusca de rota nas próximas rodadas, sua saída parece uma questão de tempo.

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A CORNETA É LIVRE
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