quinta-feira, 2 de julho de 2009

Com toda justiça

Pitter Ellwanger


Fernando Carvalho tinha razão. Havia um complô para favorecer o Corinthians e derrubar o Inter na Copa do Brasil. No jogo de ontem ficou evidente toda “maracutaia”.
Observem o lance do primeiro gol: o atacante Jorge Henrique, de 1,69m, pulou além do que podia para ganhar da zaga do Inter e cabecear para o fundo das redes. Com aquele tamanho, ele nunca poderia ter feito uma jogada dessas. E só o juiz não viu!!!
No segundo gol a “infração” é ainda pior. Gravíssima, por sinal. A velocidade do chute do lateral André Santos foi muito acima da permitida por Lei. E o juiz novamente fez vista grossa.
Ou seja, “roubou” o Internacional e “favoreceu” o Corinthians, para desespero de Fernando Carvalho...
Gozação à parte, a verdade é que o vice de futebol do Inter deu um tiro no pé. A ideia do dossiê na véspera da decisão evidenciou o desespero que rondava o Beira Rio. Os próprios jogadores demonstraram muita intranquilidade em campo. Não sei se o Corinthians é melhor do que Inter, mas foi melhor time nos 180 minutos e levou o título com toda justiça.
O Inter tem uma grande equipe, mas está longe de ser um “dream team”. Criou-se uma expectativa exagerada, de time imbatível, que acabou contaminando o vestiário colorado.
Numa análise mais fria, percebe-se um declínio gradual desde o confronto com o Flamengo na Copa do Brasil. Ao contrário do início da temporada, as últimas vitórias tiveram muito mais transpiração do que qualquer conotação tática.
E aí, méritos para Mano Menezes, hoje talvez o melhor técnico do país. O Corinthians tem Ronaldo, mas passa longe do futebol arte. É um time aplicado, bem costurado, com destaques individuais que só aparecem no coletivo. É o dedo do treinador, como dizem.
Por isso, valeu pelo título, Mano. E que saudade...

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