terça-feira, 27 de julho de 2010

Mano Menezes é o cara!

Pitter Ellwanger

Tirando a baita trapalhada da CBF, foi decepcionante a resignação de Muricy Ramalho em não ir para a Seleção Brasileira.
Até que de início simpatizei com a escolha, mas no final as coisas acabam dando certo nem seja por um caminho torto. Muricy, ao que parece, não tentou sua liberação, simplesmente acatou a decisão do clube - ou melhor, do patrocinador do clube.
Não que ele não tenha sido correto, mas sua aparente indiferença em relação a um convite tão grandioso foi uma decepção.
Felipão era o preferido, mas está fora de cogitação no momento. Portanto, a escolha de Mano Menezes foi a mais acertada. Muricy tem experiência e currículo, mas Mano é melhor técnico. É mais um gaúcho que surgiu como grande treinador no Grêmio e pode levar o Brasil ao título mundial, como fez Felipão em 2002.

E a primeira convocação?
Ficou dentro da ideia de renovação pela qual deve passar a Seleção Brasileira. Mano vai começar a testar os craques (e promessas) da nova geração, como Neymar, Ganso e Hernanes.
Além disso, a dupla Gre-Nal também foi lembrada com Victor (Grêmio) e Sandro (Inter), sem contar Pato e Lucas, que são daqui.
A propósito do goleiro Victor...
Espero que a nova convocação sirva para ele superar de vez o trauma de não ter ido à Copa e voltar a jogar como antes. No empate contra o Cruzeiro, nosso grande goleiro falhou de novo...

O Circo da Fórmula 1

Pitter Ellwanger

A marmelada no GP da Alemanha feriu de forma cruel a ética do esporte de competição. É repugnante a forma como a Ferrari conduziu a vitória do espanhol Fernando Alonso.
Faz tempo que a Fórmula 1 perdeu encanto. A época das grandes rivalidades, como de Ayrton Senna e Alain Prost - às vezes desleal, é verdade -, ficou no passado, para tristeza dos amantes do automobilismo. Hoje, quem comanda o jogo é o business.
Não condeno Felipe Massa - a questão é contratual. Mas ele também tem culpa, assim como teve Rubinho Barrichello no episódio com Michael Schumacher em 2002.
O jogo de equipe faz parte do “negócio”, mas para o bem do esporte, Massa e Barrichello podiam ter subvertido a regra e dado um sopro de esperança a quem sofre com a ilusão do esporte.
É uma pena... Não é a toa que chamam a Fórmula 1 de CIRCO!!!

terça-feira, 20 de julho de 2010

Até quando?

Pitter Ellwanger

Antes da Copa, um amigo disse que o Grêmio ia lutar para não cair. Achei graça da piada, mas hoje vejo que ele tinha razão.
É duro admitir, mas o Grêmio vai lutar contra o rebaixamento, principalmente se insistir com o técnico Silas. Como eu gostaria de morder a língua, mas não vejo luz no fim do túnel.
Silas parece muito “bonzinho”. É nítido que perdeu o comando do vestiário faz tempo, e a direção novamente se mostra omissa, com o mesmo discurso enfadonho que não leva a lugar nenhum.
O primeiro semestre foi enganador, pura ilusão.
O recesso da Copa mostrou que falta capacidade ao treinador. Ele repete erros de escalação, queima jogadores jovens e insiste em veteranos desgastados. É inadmissível depois de meio ano ele ainda não ter um time definido. Falta pulso, falta comando.
O tempo dele já esgotou!
Agora, o jeito é esperar... a coisa piorar...

terça-feira, 13 de julho de 2010

Espanha, grande campeã

Pitter Ellwanger

A lógica do futebol nem sempre é tão lógica assim. Mas não há como negar que a Espanha mereceu ser campeã do mundo.
A Copa veio para coroar uma geração de grandes jogadores.
É um time com toque de bola envolvente, que joga no ataque, preocupado antes de mais nada em vencer - único objetivo do futebol -, e não em como evitar a derrota.
Talvez não tenha sido o futebol mais bonito visto na África, pois a Alemanha, quando quis (e conseguiu) jogar, foi insuperável.
Mas um futebol de campeão não pode depender de lampejos ou grandes momentos; é preciso constância. E isso a Espanha mostrou que tem de sobra, principalmente quando vergou a própria Alemanha na semifinal. A superioridade dos espanhóis não vem de agora; eles já haviam levantado a Eurocopa em 2008.
Portanto, houve justiça no final. Prevaleceu o futebol na essência, “ofensivo”, como atestam os principais comentaristas do país, mas que curiosamente termina com a campeã de pior ataque na história das Copas do Mundo: 8 gols em 7 jogos.

Craque da Copa
O prêmio seria de Villa (Espanha) ou Sneijder (Holanda) se um deles tivesse brilhado na grande final.
Mas como estrelas apagadas no último ato, foi feita justiça ao grande destaque individual desta Copa. O uruguaio Diego Fórlan carregou sua seleção ao honroso 4º lugar.

Chuteira de Ouro
Artilherio e melhor jogador jovem da Copa, Thomas Müller, 20 anos, sintetiza a renovação da Alemanha, que desde já desponta como ameaça em potencial ao sonho do hexa brasileiro em 2014.

sábado, 3 de julho de 2010

Adios Maradona...

Pitter Ellwanger

A Alemanha pode até não ser campeã do mundo, mas tem o futebol mais bonito desta Copa. Nossos hermanos argentinos que o digam, depois de cair de “quatro”...
A verdade é que ninguém esperava uma goleada de 4 a 0 num confronto tido por muitos como uma final antecipada.
Os alemães deram show de talento e objetividade, escancarando a fragilidade do sistema defensivo dos argentinos.
Além disso, num jogo decisivo, a grande arma da seleção de Maradona falhou. O ataque formado por Messi, Tevez e Higuaín foi enterrado pela marcação alemã.
Aliás, assim como aconteceu com o Brasil, a eliminação precoce da Argentina mostra que o favoritismo nesta Copa tinha mais a ver com tradição do que com futebol.

Portanto, adios Maradona...

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Pitter Ellwanger

Hexa? Só em 2014... E olhe lá!
O Brasil decepcionou a torcida nesta sexta-feira.
Depois de um primeiro tempo de vitória e bom futebol, o time do técnico Dunga sucumbiu na etapa final e levou a virada da Holanda, pelas quartas de final da Copa do Mundo.
A derrota por 2 a 1 põe fim ao sonho do hexa - ou pelo menos adia até 2014, quando a Copa será disputada no Brasil.
O atacante Robinho fez 1 a 0 aos 10 minutos de jogo. No segundo tempo, porém, Felipe Melo (contra) e Sneijder decretaram a derrocada brasileira. O volante da seleção ainda foi expulso, dificultando - e muio - uma reação no final. Na volta para o hotel, depois do jogo, jogadores e comissão técnica foram vaiados.
Nunca fui crítico do estilo Dunga. Como técnico, ele mostrou coerência. Montou uma equipe competitiva, que até hoje era praticamente imbátivel. Com o capitão do tetra na casamata, a badalada Argentina, por exemplo, era freguês de carteirinha.
E é inegável que Dunga conseguiu resgatar - como ele mesmo diz - o orgulho dos atletas em vestir a camisa da seleção.

Apagão no segundo tempo
Por outro lado, também é preciso reconhecer a falta de qualidade nas peças de reposição do plantel canarinho.
Hoje, quando o Brasil pela primeira vez ficou em uma situação delicada nesta Copa, não havia ninguém “diferente” entre os reservas para incendiar o jogo e comandar uma reação. É claro que isso não foi determinante na derrota, mas colaborou.
A eliminação foi mais um lance fortuito. O Brasil fez um grande primeiro tempo, quando poderia ter definido a classificação. E na etapa final, infelizmente, sofreu um baita “apagão”.

Agora, dá-lhe Alemanha
Argentina e Alemanha fazem neste sábado uma espécie de final antecipada. É o confronto mais esperado desta Copa, e quem vencer segue firme na direção do título.
A Alemanha, aliás, tem apresentado um futebol mais vistoso. A Argentina, porém, tem um ataque muito forte, que compensa a falta de qualidade na defesa. Ou seja: tudo pode acontecer...