Pitter Ellwanger
Paulo Sant’Ana escreveu dias atrás que a droga da esperança ilude e mata. No caso do futebol, é alimentada pela paixão, que cega o amante e distorce sua noção de realidade.
Quem é capaz de acreditar na classificação do Grêmio à próxima fase da Libertadores, jogando fora de casa e precisando reverter um resultado negativo? Pior, com um grupo em frangalhos, repleto de desfalques, tendo que fazer no mínimo dois gols e não levar nenhum? Mais improvável ainda, contra um adversário motivado e sem ter no retrospecto recente uma grande atuação?
Só o apaixonado torcedor gremista para acreditar!
Sob o ponto de vista da magia do futebol, tudo é possível. O cenário, porém, não pode ser mais desolador. A dura realidade indica a desclassificação. E mesmo que o milagre venha a acontecer, os problemas do Grêmio não desaparecerão da noite para o dia. Com um time desses não se ganha Libertadores!
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Por outro lado, o Inter deve classificar. É claro que não existe “jogo jogado”, mas a equipe de Falcão é superior. O próprio Peñarol não leva fé no taco, tanto que deve poupar três titulares para o clássico do fim de semana pelo campeonato uruguaio.
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Com a provável classificação colorada e a quase certa eliminação gremista, infelizmente não teremos Gre-Nal na Libertadores.
O único problema para nós, gremistas, é que a droga da esperança só morre no final, depois do apito do juiz.
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