segunda-feira, 16 de maio de 2011

A revolução do Gre-Nal

Pitter Ellwanger



O Inter é o campeão gaúcho com justiça. Mas também seria justo se o Grêmio tivesse levantado a taça. Foi tão grande o equilíbrio de forças na final do Gauchão 2011, que o título acabou decidido nos pênaltis, na segunda série de cobranças alternadas.
Entre vencedores e vencidos, o que fica destes dois clássicos trepidantes, com 10 gols e outros tantos desperdiçados, eu diria que é um novo padrão para o Gre-Nal. Grêmio e Internacional, via de regra, sempre protagonizaram confrontos truncados, de muita marcação e poucos gols. Os times entravam em campo mais preocupados em não perder. Pois Falcão e Renato Portaluppi estão revolucionando o clássico de maior rivalidade do país.
A esperança é de que o futebol ofensivo que se viu no Beira Rio e no Olímpico passe a ser uma constante na história do Gre-Nal. Foram dois jogos bem abertos, com as duas equipes buscando o gol até o último segundo. Se antes os torcedores contavam nos dedos as chances de cada lado num clássico, hoje até o compacto dos melhores momentos ficou pequeno para tanta emoção.
E tudo isso só tem um nome, ou melhor, dois: Falcão e Renato. São técnicos que gostam de ver seus times jogando para frente, atacando em busca do gol. Quando erram, também não têm medo de corrigir. Aliás, é certo que dificilmente vão errar por omissão.
Talvez minha impressão seja passageira, afinal, o futebol é mais do que dinâmico, como deu para perceber nos dois jogos da final. Mas é certo que o esporte só tem a ganhar com esta revolução.

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