Não dá para tapar o sol com a peneira...
O time do Grêmio não inspira confiança. Pelo menos foi assim até agora. Os adversários na Libertadores eram muito fracos. Não servem de parâmetro. No Gauchão, três derrotas consecutivas para o maior rival. Mesmo que a equipe tenha feito frente ao Inter em dois deles - e jogou até melhor, na minha opinião -, o fato é que foram três derrotas. E contra fatos não há argumentos.
Pois o Grêmio ganha um sopro de vida com a chegada de Paulo Autuori. Ele não é gaúcho; é carioca. Não tem o estilo do Felipão ou do Mano, que deram certo no Grêmio. Pelo contrário, tem fala mansa, é muito articulado e parece demasiado calmo. Enfim, tem tudo para dar errado por aqui... É só lembrar que ele já teve uma passagem curta e (muito) discreta pelo nosso co-irmão.
Porém, na contramão de tudo isso, vai a esperança gremista. A torcida precisa respirar novos ares. Afinal, foi um período duro, de muito sofrimento, esse um ano e pouco com Celso Roth. O cara é boçal, teimoso e ainda por cima idiota. Levou três chineladas seguidas nos clássicos - sem contar aquele trágico 4 a 1 de 2008, que azedou o chope do meu Kerb - e ainda deixou o Olímpico se sentindo “o” injustiçado. Por isso, nada pode ser pior.
Marcelo Rospide não tinha bala na agulha. Fez o que lhe cabia, como bom profissional interino. Com Autuori, a coisa muda. É técnico tarimbado. E, apesar dos indícios desfavoráveis, acredito na redenção tricolor com ele no comando. Não sei se ainda dá tempo de recuperar o time na Libertadores. No Brasileirão, talvez. Mas confio nessa proposta de trabalho a longo prazo - o contrato dele vai até o final de 2010. Quem sabe esteja aí um futuro promissor para o Grêmio. No 4-4-2, é claro. Porque o esquema 3-5-2 está saturado. Sem falar que tem a cara do Celso Roth!!!
O Rolo Compressor
Os colorados gostam de reviver a expressão “Rolo Compressor”, que eternizou o time da década de 40 que empilhou oito títulos estaduais em nove anos.
Pois o Inter de 2009 também tem sido uma máquina de destroçar adversários. Em 29 jogos na temporada, são 24 vitórias, quatro empates e apenas uma derrota. É o melhor ataque do país, o líder do Brasileirão e está a um passo das semifinais da Copa do Brasil. Apesar daquele friozinho na barriga do torcedor, é difícil imaginar que o Flamengo de Cuca seja páreo no Beira Rio lotado.
Mas... como dizem os mais antigos, “futebol é uma caixinha de surpresas”, pois “o jogo só acaba quando termina”, “quem não faz leva” e “nem sempre o melhor vence”. Por tudo isso, ainda vale uma secadinha nesta quarta-feira...
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