Grêmio e Inter vivem a iminência de uma temporada perdida – no caso do Tricolor, mais uma entre tantas nos últimos anos. Até a esperança de brigar por uma vaga na Libertadores é escassa; pensar no título brasileiro, então, parece fora de cogitação.
Depois de três derrotas consecutivas, o Inter voltou a vencer, é verdade. Mesmo assim, a saída de Paulo Roberto Falcão foi surpreendente e precipitada. Seu trabalho ainda estava no começo, diferente do caso de Renato Portaluppi, no Grêmio, que havia perdido a capacidade de mobilização do vestiário. Nos dois casos, porém, prevaleceu a hierarquia do clube – leia-se a vontade do presidente. Os ídolos da torcida não tinham a simpatia de Luigi e de Odone, que não perderam a “oportunidade”.
No Grêmio, a decisão foi acertada, não havia escolha. No Inter, Falcão acabou vítima das circunstâncias e da proximidade com o truculento vice de futebol, Roberto Siegmann. Quem ganha e quem perde com tudo isso só o tempo vai dizer. O fato é que os dois clubes fizeram o que precisava ser feito neste momento.
Outro semestre perdido?
Dentro de campo, a perspectiva do início de temporada não se modificou. O Inter tem um grupo qualificado, mas um time que oscila demais. O Grêmio melhorou a qualidade do plantel com algumas contratações, mas ainda não encontrou padrão de jogo. Ou seja: Foi um semestre perdido que deve custar o segundo!
E a Copa América, hein?
O fiasco do Brasil nos pênaltis foi algo inexplicável, mas é preciso reconhecer o momento de renovação comandado por Mano Menezes. A base é jovem e talentosa, requer tempo de adaptação e entrosamento. O futuro da seleção é promissor.
Quanto ao campeão, nada mais justo. O retrospecto recente mostra que o Uruguai recuperou sua força no futebol e o título conquistado ontem é um reconhecimento à geração de Forlan.
segunda-feira, 25 de julho de 2011
E o sofrimento continua...
Pitter Ellwanger
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