Pitter EllwangerA despedida de um ídolo sempre é triste.
RENATO PORTALUPPI mora no coração de todos os gremistas, que trazem eternizadas na memória as imagens do camisa 7 entortando os zagueiros do Hamburgo. A final do Mundial de 83 transformou o jogador em mito no imaginário do torcedor. Por isso a grande comoção com sua saída do Olímpico.
Como gremista, também sou fã incondicional de Renato. Mas a análise fria do desempenho do time na atual temporada não deixa dúvidas de que a troca do treinador é o melhor caminho – para o bem do Grêmio e do próprio ídolo. Curiosamente, Renato não conseguiu repetir o ótimo aproveitamento do ano passado. É bem verdade que ele perdeu jogadores importantes, como o artilheiro Jonas, e não teve reposições à altura, caso de Lins. Mas também é verdade que a convicção que sobrava no segundo semestre andou em falta agora. O treinador fez escolhas equivocadas, tanto de esquema, quanto de jogadores. E o pior de tudo: insistiu no erro!
Não culpo Renato pelo fracasso do Grêmio; ele tem apenas parte da culpa. Os vilões estão na direção do clube. Como já escrevi aqui, Paulo Odone é A MAIOR DECEPÇÃO dos últimos tempos. Em seis meses, transformou a esperança na retomada das grandes vitórias em conformismo por mais um ano SEM GANHAR NADA!
E o novo técnico?
Julinho Camargo não parece ter pulso para comandar um vestiário cheio de “viúvas” do Renato. Gostaria de ver Dorival Júnior no Grêmio, mas ele não saiu do Atlético-MG nem depois de tomar quatro do Inter em casa. Sobre Cuca e Adílson, ainda bem que não vieram. Nunca pensei que diria isso, mas a melhor alternativa para arrumar a casa talvez seria CELSO ROTH!!!
Confiança ColoradaConfiança é tudo no futebol. E foi isso que o Inter recuperou com as grandes atuações contra Figueirense e Atlético-MG. Como o próximo adversário será o lanterna Atlético-PR, o time de Falcão tem tudo para embalar de vez no Brasileirão. O único “porém” será a ausência de Oscar, que vai para a seleção sub-20. O jovem atleta tem sido um dos pontos de equilíbrio do esquema colorado.
Seleção decepcionaO Brasil ficou devendo na estreia da Copa América. O empate com a Venezuela mostrou que é cedo para apostar tudo em Neymar, Ganso e Cia. São grandes jogadores, sem dúvida, mas o entrosamento na seleção requer tempo. Mano Menezes está no caminho certo, apostando nos melhores – só falta “encaixar”.