quarta-feira, 24 de agosto de 2011

A gangorra enferrujou...

Pitter Ellwanger


O primeiro turno do Brasileirão está chegando ao fim com duas certezas: O Inter lutará por vaga na Libertadores e o Grêmio, para não cair. A realidade dos últimos anos tem sido muito cruel com a torcida gremista. Não bastasse o jejum prolongado de grandes títulos, o maior rival segue empilhando decisões internacionais.
O Inter, por sinal, tem tudo o que o Grêmio não tem, a começar por centroavante. Nem vou entrar no mérito de questões batidas, como “falta de planejamento” e “incompetência da direção”. A existência de Leandro Damião de um lado e a (in)existência de André Lima de outro, é o emblema da abissal distância entre os dois clubes neste momento. E a perspectiva não é das melhores para a nação tricolor. O Grêmio se transformou num amontoado de equívocos. A patacoada do caso Ronaldinho Gaúcho virou a “trilha sonora” de outra temporada melancólica – e sem título!
Na outra ponta da gangorra, os colorados não têm do que se queixar. É claro que o Mazembe deixou “sequelas incuráveis”, mas também é fato que desde 2006 o Internacional domina o cenário sul-americano. E depois do bi da Libertadores no ano passado, hoje à noite eles podem comemorar o bi da Recopa.

E o Gre-Nal?
Tudo bem que “clássico é clássico”, mas não tem como não dar Inter no domingo. Só espero que não seja de goleada...

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Recomeço em pleno agosto

Pitter Ellwanger

Apesar da distância de cinco pontos na tabela, Grêmio e Inter vivem realidades parecidas no Brasileirão 2011. Os dois times não decolam, não têm mais perspectiva de título e encaram uma espécie de “recomeço” de temporada em pleno mês de agosto.
O Grêmio venceu a primeira sob o comando de Celso Roth, que em dois jogos ainda não perdeu. Não que o time tenha mudado da água para o vinho; muitos defeitos ainda se repetem. Mas é fato que a postura já é outra e os resultados colaboram. Em tempos de ameaça de rebaixamento, o que importa mesmo são os 3 pontos.
Por enquanto, não dá para projetar nada além da fuga da zona da degola. É cedo para dizer do que o Grêmio de Celso Roth será capaz. Os últimos três jogos do primeiro turno são decisivos neste sentido. A equipe joga duas fora de casa na sequência, contra Ceará e Atlético-GO, e depois tem o Gre-Nal no Olímpico. O que sair dessa trinca pode dar esperança à torcida ou frustrá-la de vez.
O Inter recomeça sua caminhada no Brasileirão sob a batuta de Dorival Júnior. Ninguém sabe o que vai sair dessa cartola. Trata-se de um bom técnico, mas que depois de dois títulos no Santos em 2010 enfrentou sérios percalços no Atlético-MG. E assim como seu novo treinador, o Inter também vive uma maré de altos e baixos. Só o tempo para dizer se esse casamento dará certo.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Fantasma nada camarada

Pitter Ellwanger

O Grêmio começa a semana a um passo da zona do rebaixamento. Não fossem os jogos atrasados do Santos, o Tricolor já estaria no Z4 do Brasileirão 2011. Ou seja: não há nada tão ruim que não possa piorar. Esse é o lema da torcida gremista nos últimos anos.
O pedido de demissão de Antônio Vicente Martins foi sua decisão mais acertada à frente da vice-presidência de futebol. Melhor ainda seria se o presidente Paulo Odone tomasse o mesmo rumo, mas esse só sairá no final de 2012 – infelizmente! Insisto em repetir: o presidente que resgatou o Grêmio da Série B em 2005 é a maior decepção dos últimos tempos. Um ano que tinha tudo para ser grande pode acabar marcado pelo drama de outra queda.
A reação antológica do ano passado não se repetirá, apesar do discurso enfadonho de alguns dirigentes. Foi uma espécie de “Batalha dos Aflitos” que não cai duas vezes no mesmo lugar. Sinceramente, não vejo luz no fim do túnel; a situação parece ainda pior. E uma nova troca de técnico é só questão de tempo.

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Falando em técnico, a rodada do meio de semana pode definir o futuro comandante de Grêmio ou Inter. Todas as atenções estarão voltadas para o Estádio Olímpico, onde o Tricolor encara o Atlético-MG, de Dorival Júnior. Se o Grêmio perder, o que é bem provável, Julinho Camargo não deve resistir, com grandes chances de Celso Roth assumir. Já uma vitória do Grêmio pode custar o emprego do técnico do Atlético, que então ficaria livre para assumir o Inter. Neste caso, é forte a possibilidade de Celso Roth seguir para Minas Gerais. Resumindo: independente de quem vencer, tudo indica que Roth termina a semana empregado.

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O Grêmio perdeu no Rio, o que era esperado. O pior é que Victor continua falhando e a reserva de Marcelo Grohe virou injustiça. Do jeito que a coisa (des)anda, o Grêmio vai brigar para não cair, assombrado pelo fantasma nada camarada do rebaixamento.

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Apesar de estar melhor na tabela, o Inter também decepcionou ao só empatar com o Atlético-GO dentro do Beira Rio. A equipe ainda oscila demais e a distância para o título fica cada vez maior. Quem sabe o Colorado até possa lutar por vaga na Libertadores, mas precisará melhorar muito para encarar a pesada concorrência.