Pitter Ellwanger
Que fria - fria não, que gelada! - em que o maior ídolo da história do Grêmio foi se meter... A fase é tão ruim, que ele já assumiu sendo desclassificado na 1ª fase da Copa Sul-Americana, dentro do Estádio Olímpico, contra o “poderoso” Goiás.É evidente que ele não tem culpa de nada - e nem terá se o time voltar a perder para o Goiás amanhã. O problema do Grêmio é estrutural e de longa data. Nos anos 2000, o clube conquistou uma Copa do Brasil logo de cara e desde então vem se arrastando de forma melancólica. Fora um e outro resultado milagroso, como a Batalha dos Aflitos e a final da Libertadores 2007, a verdade é que o Grêmio afundou no abismo que hoje o separa do co-irmão. Falta de planejamento e gestões políticas equivocadas arruinaram o até então maior clube de futebol do Sul do país.
Na caminho inverso, o Inter tratou de lamber as feridas das frustradas décadas de 80 e 90 para renascer de forma grandiosa e avassaladora. E um detalhe: o planejamento foi tão bem feito, que o clube está trilhando um caminho sem volta. É claro que o Inter não vai ser campeão sempre, mas é praticamente impossível que volte ao fundo do poço, com oscilações de eletrocardiograma, como acontece hoje com seu maior rival. A diferença está na base sólida erguida pelo grupo que hoje comanda o clube.
Como dizem por aí, um é a razão de ser do outro, e vice-versa. Portanto, o Grêmio deve mirar o exemplo do Inter, assim como o próprio Inter fez no passado de glórias do Grêmio.
Fábio Koff foi exemplo para Fernando Carvalho, que hoje deve ser exemplo para os dirigentes que virão. Nem tudo está perdido, mas o suplício dos gremistas parece que não terá fim...
Em tempo 1
Não creio em rebaixamento. Renato Portaluppi tem peito para chacoalhar o combalido vestiário tricolor.
O problema é que, ter de se contentar em não cair, é muito pouco para uma torcida tão grande e apaixonada.
Em tempo 2
Se por um lado o time do Inter teve (muito) mais sorte do que competência até a final da Libertadores, por outro lado não dá para negar a superioridade colorada contra o Chivas, um time modesto que não deve oferecer resistência em Porto Alegre.
É duro admitir, mas o Internacional já é bicampeão da América.