terça-feira, 27 de abril de 2010

É cedo para festejar...

Pitter Ellwanger

A vitória do Grêmio foi incontestável! O grande Tricolor dobrou o “poderoso” Internacional em pleno Beira Rio. É certo que ninguém ganha de véspera, ainda mais no futebol, mas o Gauchão está no papo. Só uma tragédia pode tirar o título do Olímpico.
Porém, é cedo para festejar. Digo isso em relação ao time do Grêmio, que na quinta-feira encara um Fluminense motivado pela chegada de Muricy Ramalho. A equipe de Silas - e o próprio treinador - foi bem no Gre-Nal. Não dá para tirar o mérito. Mas o Grêmio repetiu defeitos que poderiam custar caro. No final do primeiro tempo, o time se retraiu e chamou o Inter para o seu campo, assim como já havia acontecido contra o Avaí.
É bem verdade que na etapa final o Grêmio foi muito superior, mas isso só aconteceu depois do intervalo. E a equipe tem que entrar ligada desde o começo, não pode esperar sempre pelo fim do primeiro tempo. Eu reconheço que o Grêmio de domingo foi um novo time, que merece crédito. Mas tudo dependerá dos próximos três jogos - os dois contra o Fluminense, pela Copa do Brasil, e o segundo Gre-Nal do dia 2 no Estádio Olímpico.
Já o Inter terá de superar o abalo da derrota no Gre-Nal para não sucumbir na Libertadores. Na quarta-feira, a equipe começa uma decisão de 180 minutos contra o Banfield que pode valer a temporada para os colorados. E é importante concentrar forças principalmente neste primeiro jogo, na Argentina, para não ficar na obrigação de reverter um resultado ruim no Beira Rio.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Não vai a lugar nenhum!

Pitter Ellwanger

Quem dá opinião se arrisca, ainda mais no futebol, em que não existem verdades definitivas.
A suposta evolução gremista naquela sequência de 15 vitórias consecutivas não passou de uma “ilusão de Gauchão”.
A classificação sobre o Avaí na Copa do Brasil escancarou uma dura realidade para a torcida tricolor. Do jeito que está, o time não vai a lugar nenhum. No primeiro adversário um pouco mais forte, o Grêmio contou com a ajuda da arbitragem para vencer em casa, e ontem à noite, na Ressacada, repetiu aquelas atuações bisonhas longe do Olímpico, lembrando o Brasileirão do ano passado, quando só venceu um jogo fora de casa. E olha que, apesar de estar na Série A, o Avaí não é “clube grande”.
Pela folha salarial que ostenta, o Grêmio ainda está devendo - e muito! Silas parece que não se encaixou na grandeza do clube; é técnico de time pequeno. O Grêmio não tem jogada ensaiada, a defesa toma gols com muita facilidade e o meio-campo não está ajustado. Ferdinando e Fábio Santos mostraram mais uma vez que são fracos. Contrariando sua história, o Grêmio virou um time sem pegada, sem força moral; muito apático!
Agora, vem o Gre-Nal. E se perder o Gauchão e mais adiante cair fora da Copa do Brasil, o Grêmio repetirá sua sina nos últimos anos: vai trocar de técnico no início do Brasileirão e amargar mais uma temporada sem títulos. Espero estar enganado...

terça-feira, 6 de abril de 2010

No embalo do The Guritles


Pitter Ellwanger

Depois de um mês longe do blog, volto com o Grêmio em grande fase e o Inter buscando afirmação.
É verdade que nenhum dos dois teve um "teste de fogo" até agora. Por enquanto, foi só "comidinha light". Mas é preciso reconhecer a evolução do time gremista, principalmente.
O técnico Silas, que já foi muito contestado em apenas três meses de trabalho, começa a despertar paixões. Eu sei que uma ou duas derrotas mais adiante, na final do Gauchão ou no início do Brasileirão, podem ressuscitar a ira da torcida. Afinal, futebol é paixão, e o torcedor é "99,9%" passional.
É fato, porém, que o Grêmio cresceu como conjunto e estabeleceu um padrão de jogo que já permite aos gremistas sonhar. Tudo, é bom que se diga - e com o perdão do trocadilho -, com base nas categorias de base. E isso também é mérito do treinador, que deu tempo ao tempo e vem acertando na hora dos garotos.
Já o Inter, apesar de ter um grupo mais qualificado que o rival, ainda busca uma identidade em 2010. E por incrível que pareça, pode encontrar a melhor forma de jogar apostando nas categorias de base, como vem fazendo o Grêmio.
Walter entrou no time para não sair mais. Ele ainda carece de uma grande atuação, mas notadamente deu outro ânimo à equipe, tendo a iniciativa da jogada pessoal. Taison, quem sabe, pode seguir o mesmo rumo, e curiosamente também depois de um ato de rebeldia - guardadas as devidas proporções, é claro!

Vale a pena conferir...
Agora, é esperar para ver o que acontece e torcer para que o futebol gaúcho siga no embalo do The Guritles. Para quem não conhece, vale a pena conferir esse clipe do Canto Alegretense em versão Beatles, com a turma do Guri de Uruguaiana. Nota 10!

Clique no título da coluna ou acesse
http://www.youtube.com/watch?v=wT0urv44dzk