segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Sorte tem fim?

Pitter Ellwanger

Pode parecer dor de cotovelo, mas a verdade é que o Inter vem tendo (muito) mais sorte do que competência nesta temporada. É o time mais “rabudo” da história do futebol. Vamos aos fatos:

1) O Inter fez uma campanha modestíssima na 1ª fase da Libertadores da América. Era um time comum e pouco confiável.
No Brasileirão, antes da parada da Copa do Mundo, estava atrás até do Grêmio, “namorando” a zona do rebaixamento e sem muita perspevtiva de futuro nas duas competições.

2) Nas oitavas de final, passou sufoco contra o Banfield, mas classificou. Na quartas, venceu apertado o Estudiantes no Beira Rio e levou uma “saranda” na Argentina, mas acabou achando um gol no finalzinho, em meio à fumaceira dos sinalizadores.

3) Até a parada da Copa, esse era o Inter, que na semifinal teria pela frente o São Paulo. O tricolor paulista havia desbancado o Cruzeiro, um dos favoritos ao título, com duas atuações de luxo. Era o São Paulo, portanto, o grande favorito - e provável finalista - se a Libertadores tivesse tido sequência logo adiante.

4) Pois a parada da Copa representou mais um “golpe de sorte”, fazendo o Inter renascer e o São Paulo naufragar.
E o mais curioso e enigmático de tudo: o renascimento veio pelas mãos de Celso Roth. Se isso não é sorte...

5) Veio o confronto contra o São Paulo, que no Beira Rio foi covarde, e o Inter acabou merecendo a vitória - mais pela mediocridade paulista do que por seus próprios méritos.
No Morumbi, porém, a sorte colorada parecia chegar ao fim quando Renan falhou no primeiro gol são-paulinho. Mas os astros, definitivamente, só conspiram a favor do Inter. O gol de Alecsandro, desviando uma falta mal batida por D’Alessandro, só tem explicação em movimentos ocultos, sobrenaturais.

6) Na bastasse tudo isso, ainda caiu no colo a classificação do Chivas para a final da Libertadores. Como o time mexicano é convidado e não pode representar a América do Sul, o Inter já está no Mundial de Clubes. É coisa de outro mundo...

Só resta perguntar:
- Sorte tem fim?
No caso do Inter, parece que não...

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